Há uma semana começava a guerra na Ucrânia e as imagens e vídeos da invasão russa não tardaram a sugir: apartamentos transformados em ruínas, bairros incendiados, as saídas apressadas, cidadãos cobertos de sangue e ruas onde outrora passeavam sem ser para procurar proteção num abrigo subterrâneo.

Antes e depois da guerra: cidades transformados em escombros

O primeiro discurso do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que todos os dias grava um ou mais vídeos, foi um dos que marcou a semana.  Com lágrimas, explicou que um dos objetivos da agressor é “destruir a Ucrânia politicamente destruindo o chefe de Estado”. Render-se não estava nos planos e, esta terça-feira, garantiu que para já a Ucrânia está a ganhar a guerra, a partir de um bunker.

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A partir do bunker, Zelensky diz que para já a Ucrânia está a ganhar a guerra, mas teme reforço militar russo

Entre avanços e recuos, até agora só há confirmação da captura de uma cidade ucraniana pelas forças russas: Kherson, no sul do país. O exército inimigo continua a tentar entrar, sem sucesso, em Kiev.

Os números sobre mortes civis e baixas militares são difíceis de aferir e mudam consoante as fontes, porém uma coisa é certa: centenas de ucranianos já morreram e avizinha-se uma crise de refugiados. O número de refugiados da Ucrânia chegou ao milhão desde o início da invasão russa, de acordo com o último balanço realizado pelo Alto Comissário para os Refugiados das Nações Unidas, Filippo Grandi.

O Ocidente continua sem querer interferir diretamente no conflito, não tendo planos para enviar tropas para o terreno. Por outro lado, as sanções chegam em peso, desde a Alemanha a concordar em fornecer armamento à Ucrânia até ao IKEA que decidiu interromper temporariamente todas as exportações e importações para dentro e fora da Rússia e da Bielorrússia.

Uma semana de guerra na Ucrânia: Kiev resiste, negociações de paz em impasse

Desde então, várias foram as imagens que chegaram até Portugal, algumas delas pela lente dos enviados especiais do Observador à Ucrânia, que captaram despedidas emocionantes e o caos na estação de comboios de Lviv até movimentos da resistência ucraniana.