Fortes chuvas destruíram esta sexta-feira uma ponte alternativa construída há três dias no norte de São Tomé e que garantia o acesso à capital, inundaram casas e causaram pelo menos um ferido, segundo fonte oficial.

As chuvas começaram por volta das 13h00 locais (mesma hora de Lisboa) e terminaram por volta das 17h00.

O diretor do Instituto Nacional de Meteorologia, Aristómenes Nascimento, disse à Lusa que “esta situação estava prevista”, tendo acrescentado que “os meses de março e abril são tipicamente de chuvas”, que têm sido “agravadas pelas questões de alterações climáticas”.

Segundo o responsável, também a ilha do Príncipe foi atingida pela chuva no período da manhã, “mas em menor intensidade“.

O distrito de Lembá, norte da ilha de São Tomé, “é o mais afetado por esta enxurrada” e “a ponte de Ribeira Funda acabou de desabar”, confirmou à Lusa o comissário do Serviço Nacional de Proteção Civil e Bombeiros, Edson Bragança.

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Segundo Edson Bragança, “há inundação no centro da capital de Lembá, a cidade de Neves e toda a zona dos arredores”.

Algumas imagens enviadas à Lusa retratam inundações de residências, escolas e o próprio hospital de Neves.

“Há um senhor que foi atingido, após desabamento de terra e está no hospital. Nós não sabemos a gravidade, mas ele está no hospital de Neves porque não foi possível leva-lo para a capital por causa da via que está intransitável“, disse o comissário da Proteção Civil.

Uma ponte na comunidade de Ribeira Funda, que permitia a circulação entre Lembá e cidade de São Tomé, desabou na segunda-feira, impedindo nomeadamente o transporte de combustível para a capital, tendo as autoridades construído uma via alternativa, mas que foi destruída pelas fortes chuvas desta sexta-feira.

“Só tenho a pedir às autoridades competentes que nos ajudem neste sentido, porque são dezenas de pessoas que estão na capital para chegar à cidade de Neves e Santa Catarina e que estão com a via oprimida”, disse o presidente da Câmara de Lembá, que também estava na capital do país, e por isso, ainda sem alternativas para retornar ao distrito.

O ministro das Infraestruturas e Recursos Naturais, Osvaldo Abreu, deslocou-se ao local.