O Hyundai Motor Group (HMG), composto pelas marcas Hyundai, Kia e Genesis, anunciou no “Dia do Investidor” que pretende globalizar a produção de veículos eléctricos até 2030. Uma estratégia destas não se consegue sem elevados investimentos, pelo que o HMG prevê canalizar 73 mil milhões de euros para acelerar a adopção de veículos eléctricos.

Os fundos mencionados vão assegurar avanços na produção de hardware e software, de que os modelos eléctricos necessitam mais do que os veículos convencionais, com motores de combustão. Mas, para servir e atrair os clientes, o importante é a oferta, pelo que o grupo sul-coreano vai lançar até 2030 nada menos do que 17 novos veículos 100% eléctricos, entre berlinas e SUV.

Este investimento agora anunciado para os próximos oito anos sucede a um outro, de 6,8 mil milhões de euros, para produzir automóveis eléctricos até 2025. E o HMG parece decidido a figurar entre os melhores do mercado, tanto que estabeleceu uma parceria com a Rimac – à semelhança da Porsche – para ter acesso a tecnologia de ponta. Isto é já evidente pelo facto de o Hyundai Ioniq 5 e o Kia EV6 serem, juntamente com o Taycan, os únicos a usufruir de sistemas eléctricos a 800V, o dobro do que acontece com os restantes modelos do mercado.

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Se tudo correr de feição, o grupo espera estar em condições de comercializar 1,87 milhões de eléctricos em 2030, o que, segundo os seus cálculos, deverá corresponder a 7% do mercado. Para suportar todos estes eléctricos, o HMG conta introduzir, em 2025, uma nova plataforma específica para veículos a bateria, a Integrated Modular Architecture (IMA). Esta arquitectura vai juntar-se à actual E-GMP – pretende mesmo ser uma evolução dela –, que é a base dos actuais Hyundai Ioniq 5 e Kia EV6.

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Aos 1,87 milhões de veículos por ano previstos para a Hyundai e Genesis, a Kia pretende somar 1,2 milhões de unidades a bateria por ano, igualmente em 2030. Tal coloca a estimativa total de eléctricos do grupo nos 3 milhões de veículos por ano, um incremento notável face aos 160.000 eléctricos que espera transaccionar em 2022.

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Outra novidade, relativa à Kia, prende-se com o facto de os seus modelos eléctricos, destinados aos mercados do Velho Continente, passarem a ser igualmente fabricados na Europa, em alternativa ao que acontece hoje, em que todos são produzidos na Coreia do Sul.