O primeiro-ministro, António Costa, expressou este sábado toda a confiança e solidariedade às autoridades legítimas da Guiné-Bissau e afirmou que a sua visita ao país significa também “apoio à estabilidade”.

Em declarações à imprensa, após um encontro bilateral entre as duas delegações, António Costa expressou às “autoridades legítimas, democraticamente eleitas” toda a confiança, amizade e solidariedade de Portugal.

“Condenámos de imediato os acontecimentos de 1 de fevereiro e queríamos reafirmar a nossa solidariedade e a nossa visita aqui significa também um apoio à estabilidade, porque no mundo de hoje os conflitos têm de se resolver por via democrática pelo voto e não por qualquer outra forma”, disse António Costa, referindo-se à guerra na Ucrânia.

No passado 1 de fevereiro, as forças de defesa e segurança guineenses abortaram uma tentativa de golpe de Estado, que visava assassinar o chefe de Estado e membros do Governo.

“Infelizmente, estamos hoje a conhecer uma realidade de guerra militar muito feroz, inimaginável, no continente europeu e naquelas imagens devemo-nos inspirar para perceber o valor da paz, da vida e o valor que tem termos instituições democráticas e vivermos todos a nossa liberdade e ter a estabilidade necessária para que o progresso económico possa existir e todos possam melhorar a sua qualidade de vida”, salientou António Costa.

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O primeiro-ministro português recordou que Portugal e a Guiné-Bissau têm assinado um acordo estratégico de 60 milhões de euros, que será investido durante os próximos anos, mas que só produzirá efeitos que se houver a “necessária estabilidade”.

O chefe do Governo guineense, Nuno Gomes Nabiam, sublinhou que a visita de António Costa ao país acontece numa altura em que a Guiné-Bissau ficou “numa situação um bocado complicada” devido aos acontecimentos de 1 de fevereiro.

“Esta visita demonstra a solidariedade do Governo português com a Guiné-Bissau e demonstra também que o país é estável, há garantias de investimento e que as pessoas podem vir para aqui trabalhar sem qualquer problema”, afirmou.

António Costa aterrou este sábado em Bissau cerca das 13h50 para uma visita de 24 horas, que inclui ainda hoje encontros com a comunidade portuguesa e com o chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló.

No domingo, antes de partir para Cabo Verde, António Costa visita o talhão português do cemitério de Bissau.

O primeiro-ministro viaja acompanhado do ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, do ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, do ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, e do secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros, Francisco André.