A Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC) está a investigar as denúncias que o hacker Rui Pinto tem feito sobre rotas feitas por jatos executivos de oligarcas russos com matrícula portuguesa. A ANAC está agora a analisar se os contratos de fretamento foram concluídos antes ou depois da decisão da União Europeia de impedir aviões russos de sobrevoar o seu espaço aéreo.

A notícia, que é avançada pelo Expresso esta quinta-feira, surge depois de Rui Pinto ter escrito vários tweets a dar conta das movimentações destes jatos. Na segunda-feira, o hacker denunciava que o russo Dmitry Mazepin, um dos oligarcas sancionados pela União Europeia, tinha dois aviões privados ao seu dispor e que um deles tem matrícula portuguesa.

Tendo a ANAC confirmado ao Expresso o registo da aeronave no Registo Aeronáutico Nacional, falta saber se o contrato de fretamento foi concluído antes ou depois de 28 de fevereiro. Nesse dia, a presidente da Comissão Europeia anunciou o fecho do espaço aéreo da UE para “aeronaves que pertençam a russos, sejam registadas na Rússia ou controladas por russos”, destacando que isto incluiria “os jatos privados dos oligarcas”.

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Rui Pinto já denunciou os casos dos oligarcas russos Alexander Mikheev e Alexander Shcherbinin, que também voaram numa aeronave de matrícula portuguesa, mas os contratos de fretamento terão sido fechados antes do anúncio europeu.