A Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC) está a investigar as denúncias que o hacker Rui Pinto tem feito sobre rotas feitas por jatos executivos de oligarcas russos com matrícula portuguesa. A ANAC está agora a analisar se os contratos de fretamento foram concluídos antes ou depois da decisão da União Europeia de impedir aviões russos de sobrevoar o seu espaço aéreo.
A notícia, que é avançada pelo Expresso esta quinta-feira, surge depois de Rui Pinto ter escrito vários tweets a dar conta das movimentações destes jatos. Na segunda-feira, o hacker denunciava que o russo Dmitry Mazepin, um dos oligarcas sancionados pela União Europeia, tinha dois aviões privados ao seu dispor e que um deles tem matrícula portuguesa.
Russian oligarch Dmitry Mazepin and his family have two private jets at their disposal: the CS-DOF (Bombardier Challenger 650) registered in Portugal and the M-INSK (Gulfstream G650) registered in the Isle of Man. Both are currently in Moscow. pic.twitter.com/6umZ5cFuoH
— Rui Pinto (@RuiPinto_FL) March 7, 2022
Tendo a ANAC confirmado ao Expresso o registo da aeronave no Registo Aeronáutico Nacional, falta saber se o contrato de fretamento foi concluído antes ou depois de 28 de fevereiro. Nesse dia, a presidente da Comissão Europeia anunciou o fecho do espaço aéreo da UE para “aeronaves que pertençam a russos, sejam registadas na Rússia ou controladas por russos”, destacando que isto incluiria “os jatos privados dos oligarcas”.
Rui Pinto já denunciou os casos dos oligarcas russos Alexander Mikheev e Alexander Shcherbinin, que também voaram numa aeronave de matrícula portuguesa, mas os contratos de fretamento terão sido fechados antes do anúncio europeu.
First, we are shutting down the EU airspace for Russian-owned, Russian registered or Russian-controlled aircraft.
They won’t be able to land in, take off or overfly the territory of the EU.
Including the private jets of oligarchs. pic.twitter.com/o551M9zekQ— Ursula von der Leyen (@vonderleyen) February 27, 2022