O mais recente concurso para recrutar técnicos de Emergência Pré-Hospitalar para as ambulâncias e centrais do INEM só preencheu 54 vagas, ou seja, 30% das 178 que estavam por ocupar. É mais um sinal de preocupação no setor, que demonstra dificuldades tanto a recrutar como a reter profissionais, cada vez mais desmotivados com uma carreira pouco atrativa.

A notícia é avançada esta quinta-feira pelo Jornal de Notícias, que dá conta dos resultados do concurso, cuja lista final foi publicada na quarta-feira e mostra que dos 54 que chegaram ao final do concurso, só 49 chegaram, efetivamente, a assinar contrato. Ao mesmo jornal, o INEM adianta que, numa altura em que todos os anos regista uma taxa de abandono de 30%, vai abrir “em breve” um novo concurso para 125 profissionais, numa nova tentativa de resolver estas lacunas.

Os problemas terão a ver com as características da própria carreira: salários próximos do salário mínimo, muitas horas extraordinárias e deslocações para longe de casa, além dos muitos atrasos nos módulos de formação que estão previstos.

Com a captação de profissionais para o INEM em mínimos, esperam-se assim mais dificuldades na assistência a doentes e mais ambulâncias paradas por falta de pessoal.

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