Um fóssil com 328 milhões de anos de uma espécie que deu origem à lula-vampiro, e que fora doado a um museu em 1988, só agora recebeu um nome oficial, que homenageia o atual Presidente dos Estados Unidos da América.

A Syllipsimopodi bideni foi descoberta pela primeira vez em Montana, e doada ao Museu Real do Ontário em 1988. Desde esta data guardada numa gaveta, a lula — que na verdade não é uma lula — só agora foi analisada.

Esteve em repouso num museu desde 1980’s e ninguém tinha percebido ser importante”, explicou o paleontólogo do Museu Natural Americano, Christopher Whalen, ao New York Times.

Ao mesmo jornal, Thomas Clements, um paleontólogo na Universidade de Birmingham, em Inglaterra, explicou que  “a probabilidade de este pequenos ‘sacos de água’ se tornarem em fósseis é astronomicamente baixa“.

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O fóssil pertence ao antecessor mais antigo dos vampiropodes, um grupo ao qual pertencem as lulas-vampiro e os polvos, e que recuou no tempo 82 milhões de anos a mais do que o que se pensava até agora. Esta espécie, embora seja designada de “lula-vampiro”, não pertence à família das lulas, nem tampouco à dos polvos.

A espécie descoberta tinha 10 tentáculos e ventosas em cada um deles. As lulas-vampiro existentes atualmente têm apenas oito tentáculos, complementadas por dois filamentos. Uma bolsa de tinta — pela qual os polvos e as lulas são igualmente conhecidos — estaria intacta neste espécime, segundo o estudo publicado esta terça-feira na revista científica Nature Communications.

Mas porquê o nome do atual Presidente dos Estados Unidos da América? Segundo Christopher Whalen, o nome foi “encorajado pelos planos de Joe Biden de dar mais atenção às alterações climáticas e de financiar as pesquisas científicas“.

Segundo o The Guardian, nove espécies foram nomeadas em homenagem a Barack Obama, incluindo uma aranha e um peixe. Já Donald Trump tem o seu nome incluído num espécie de traça e num anfíbio.