Nenhum modelo da Nissan suscita emoções tão fortes quanto o GT-R, especialmente na versão Nismo, aquela que extrai 600 cv e 652 Nm do motor 3.8 V6 biturbo. Mas se, por um lado, este superdesportivo (conhecido pela alcunha Godzilla) impressiona pela rapidez na aceleração e comportamento eficaz e divertido, por outro, deixou de impressionar o legislador europeu no que toca ao ruído emitido pela mecânica. Daí que a Nissan o tenha retirado da gama a disponibilizar aos condutores europeus.
O Godzilla é, muitas vezes, apontado como o melhor superdesportivo japonês. Porém, esta não é a primeira vez que o seu potencial enquanto desportivo, que depende muito da potência extraída do V6 pela Nismo – o departamento de competição do construtor nipónico –, levanta alguns problemas à Nissan. Até aqui, ao emitir 310g de CO2/km, o GT-R colocou dificuldades à média das emissões da gama japonesa, que tem de ficar abaixo dos 95g na Europa, e isso levou a marca a perder parte do interesse no respeitado modelo. Mas depois das questões levantadas pelas emissões, tudo indica que foi a dificuldade em respeitar os limites do ruído que matou o Godzilla, que aparentemente deveria “gritar” menos alto.
Quem confirmou o funeral do GT-R nos mercados do Reino Unido e da União Europeia foi a Nissan UK, que explicou que a carreira comercial do Godzilla terminou às mãos da norma de ruído obrigatória desde 1 de Julho de 2021. Como consequência, a partir de Março de 2022 a Nissan vai comercializar o seu monstro noutros mercados.
Além da morte do GT-R, a nova norma anti-ruído impediu igualmente que o novo Nissan Z fosse comercializado no Velho Continente.