O novo telescópio James Webb, da Nasa, mostrou pela primeira vez o seu enorme poderia fotográfico, com a imagem de uma estrela a dois mil anos-luz, rodeada de pequenas galáxias.

A imagem foi divulgada esta quarta-feira pela NASA e serviu como ensaio para confirmar a eficácia do telescópio. A foto é criada através de 18 imagens separadas — cada uma obtida com recurso aos 18 espelhos hexagonais que compõem o telescópio.

Há mais de 20 anos, a equipa do Webb começou a construir o telescópio mais poderoso que alguma vez foi colocado no espaço, e conseguiu montar um design ótico ambicioso capaz de suprir as necessidades da ciência”, explicou Thomas Zurbuchen, diretor associado da NASA. “Hoje, podemos dizer que esse modelo vai cumprir [as suas funções].”

As galáxias observadas na imagem agora publicada têm milhares de milhões de anos, conta a Associated Press. No futuro, os cientistas esperam poder observar corpos celestes tão antigos que tenham apenas “algumas centenas de milhões de anos a menos que o Big Bang“, explicou à agência de notícias Jane Rigby, cientista do projeto que compõe o James Webb.

A equipa que opera o telescópio continuará a realizar análises aos instrumentos do James Webb e a alinhar os seus instrumentos até ao final de maio. Ao fim desta etapa, e depois de mais dois meses de preparação dos restantes instrumentos em falta, o telescópio estará totalmente operacional.

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Com um custo de 10 mil milhões de dólares — cerca de nove mil milhões de euros — o James Webb servirá como o sucessor do telescópio Hubble, lançado em 1990 para o espaço e em funcionamento há quase 32 anos.

Espelhos com ouro, um detetor de radiação hiperssensível e um escudo tão grande como um campo de ténis. Dentro do Telescópio James Webb