A última vez tinha sido há 49 anos: desde 1971, na Taça UEFA, que o FC Porto não era eliminado das competições europeias por uma equipa francesa. Na altura, foi o Nantes; esta quinta-feira, foi o Lyon a afastar os dragões da Liga Europa.

O brilho de Pepê ficou baço num dia de gestão de prioridades (a crónica do Lyon-FC Porto)

Numa análise mais específica e ao fim de três eliminatórias, esta foi também a primeira vez que o FC Porto foi eliminado pelo Lyon. Os dragões deixam a Liga Europa depois de quatro jogos, entre playoff e oitavos de final, e registaram uma vitória, dois empates e uma derrota, sendo que marcaram cinco golos e sofreram outros cinco.

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Com a eliminação desta quinta-feira, o FC Porto deixa as competições europeias e fica completamente consignado ao Campeonato — tendo apenas a segunda mão da meia-final da Taça de Portugal para disputar, contra o Sporting, numa eliminatória em que está em vantagem depois de ter vencido em Alvalade na primeira mão. Ou seja, com dragões e leões separados por seis pontos e já fora da Liga Europa e da Liga dos Campeões, respetivamente, a Primeira Liga está lançada para uma reta final em que a corrida pelo primeiro lugar será o principal aperitivo.

Na flash interview, Sérgio Conceição explicou que “todas as equipas que estão na Liga Europa estavam à mercê do FC Porto”. “Somos uma equipa de Liga dos Campeões, o nosso lugar é na Liga dos Campeões e é por isso que vamos lutar. Agora vamos preparar o jogo no Bessa e lutar pelo Campeonato, que é o nosso principal objetivo”, disse o treinador, justificando depois as alterações que fez ao onze inicial.

“Achei que as devia fazer. Achei que quem entrou de início dava totais garantias para ganhar o jogo. Tivemos 11 dias com quatro jogos, os jogadores com mais minutos iniciaram no Dragão e tiveram muito abaixo. Hoje fizemos um jogo muito competente. Dar os parabéns aos jogadores porque muitos deles, a equipa em si, jogámos de forma ligeiramente diferente e eles interpretaram bem o que lhes foi pedido. Não foi aqui que perdemos a eliminatória, foi no Dragão”, acrescentou, garantindo depois que a equipa não vai sentir demasiado a eliminação. “Falei agora com o grupo de trabalho, dei-lhes os parabéns e não sou muito destes elogios, mas encontrei um grupo triste e desiludido com esta eliminação. Tínhamos a perfeita convicção que podíamos levar a eliminatória para prolongamento e ganhá-la. É normal que os jogadores estejam desiludidos e frustrados porque é a partir dessa desilusão que vamos ganhar no Bessa”, afirmou.

Já Pepê, que marcou o único golo do FC Porto em toda a eliminatória, explicou que a equipa “batalhou e dedicou-se ao máximo” para chegar ao apuramento. “Infelizmente, acabámos por pecar em alguns lances dos jogos e isso causou um marcador inverso no começo. Mas a equipa entregou-se ao máximo, tentou ao máximo procurar o apuramento. Agora há que levantar a cabeça e pensar no Campeonato”, disse o brasileiro, garantindo que a concentração do grupo estava totalmente dedicada à partida contra o Lyon.

“O nosso foco era total neste jogo. Sabemos temos um plantel muito qualificado, independentemente de quem jogue. Sabemos a qualidade, o potencial que temos. Hoje não foi diferente. Dedicámo-nos, procurámos ao máximo a qualificação, com entrega, dedicação. Infelizmente, não foi suficiente”, terminou.