O Governo japonês anunciou esta sexta-feira sanções adicionais à Rússia pela invasão da Ucrânia, que implicam o bloqueio de ativos de mais 15 cidadãos russos, principalmente altos funcionários da Defesa, e nove corporações industriais e aeroespaciais.

“Continuaremos a tomar as medidas adequadas em colaboração com os países do G7 e a comunidade internacional à medida que a situação evoluir”, disse o porta-voz do governo, Hirokazu Matsuno, em conferência de imprensa, após uma reunião do executivo onde foram aprovadas as novas sanções.

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Entre os 15 cidadãos russos punidos estão altos funcionários do Ministério da Defesa russo, como Aleksey Krivoruchko, Timur Ivanov, Yunus-Bek Evkurov, Dmitry Bulgakov, Yuri Sadovenko e Nikolay Pankov, bem como a diretora do Departamento de Imprensa e Informação do Ministério das Relações Exteriores russo, Maria Zakharova.

O diretor do Serviço Federal Russo de Cooperação Técnica Militar, Dmitry Shugaev, o diretor geral da agência estatal responsável pela importação e exportação de material de defesa, a Rosoboronexport, Alexander Mikheev, e Andre Skoch, membro da Duma, a câmara baixa do parlamento russo.

Além disso, foram aprovadas sanções a nove organizações e corporações russas ligadas à indústria militar, aeroespacial ou naval, como a Russian Helicopters JSC, a PJSC United Aircraft Corporation, a SC United Shipbuilding Corporation e a Rosoboronexport.

Estas sanções aumentam para 76 o número de cidadãos russos cujos ativos foram bloqueados, incluindo altos funcionários do Governo e empresários, além de um total de 12 organizações e corporações russas.

Desde o início do conflito sobre a invasão russa da Ucrânia, o Japão impôs sanções a cidadãos russos, incluindo o Presidente, Vladimir Putin, bem como a 12 bielorrussos, incluindo o Presidente, Alexander Lukashenko.

Japão anuncia novas sanções contra a Rússia

As autoridades financeiras do Japão também ordenaram às casas de câmbio de criptomoedas sediadas no país que bloqueiem transações que envolvam indivíduos ou entidades sujeitas a sanções contra a Rússia e a Bielorrússia.

O Japão, como os outros países do G7 e a União Europeia, aplicou sucessivas rondas de sanções à Rússia desde o início do conflito, incluindo a exclusão de bancos russos do sistema Swift e o veto à exportação de semicondutores, máquinas para a indústria petrolífera e outras tecnologias com potencial militar.

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