“Estamos muito felizes. Foi algo para o qual trabalhámos. Fomos muito inteligentes a abordar o jogo taticamente, aliás, os dois jogos…”, explicava André Horta na conferência de imprensa após o empate no Mónaco que valeu a passagem do Sp. Braga aos quartos da Liga Europa quando foi interrompido com uma palmada nas costas do seu treinador, Carlos Carvalhal: “No domingo [jogo fora com o Portimonense], és tu e mais dez!”. Num misto de confiança, alegria e esperança renovadas, até nos pequenos pormenores era bem percetível a relevância da qualificação dos minhotos frente a um conjunto francês que, apesar da má campanha na Ligue 1, partia com ligeiro favoritismo na passagem por jogar tudo nas provas europeias.

Os guerreiros foram ao Mónaco conquistar o Principado e fizeram-se reis (a crónica da passagem do Sp. Braga aos quartos da Liga Europa)

“Queria valorizar a atitude da equipa e dos jogadores, a forma como se entregaram ao jogo. Cumpriram na integra aquilo que pedimos. Queríamos tentar vencer e não defender o resultado. Fizemos um jogo quase irrepreensível a nível defensivo. Controlámos e fomos a melhor equipa na eliminatória. A única coisa que posso dizer é que estou grato ao Sp. Braga e ao futebol por viver estes momentos. Vivo a um quilómetro do estádio e estou grato por ter vivido três finais, a conquista de uma Taça [de Portugal] e agora uma grande participação na Europa. Grato aos jogadores e ao Sp. Braga. Depois disto, a minha equipa só tem que se debruçar sobre o jogo de Portimão”, acrescentou depois o treinador, que no Principado ultrapassou o número de encontros de Quinito no comando dos arsenalistas (107): “Foi quem me lançou no Sp. Braga, quando tinha 17 ou 18 anos, e deu-me a alegria que eu tento dar agora a muito destes jovens. Ultrapassar essa marca enche-me de orgulho. Foi o treinador que me lançou e é uma das grandes referências que tenho”.

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Já com pouco mais de 13 milhões de euros arrecadados em prémios monetários, bem mais do que na última época, o Sp. Braga chegava ao sorteio dos quartos de uma competição europeia apenas pela terceira vez na história sem a companhia do FC Porto, eliminado pelo Lyon após o empate na segunda mão em França, e sem grande margem de escolha a nível de valor das equipas de Espanha (Barcelona), França (Lyon), Itália (Atalanta), Alemanha (Eintracht Frankfurt e RB Leipzig, que passou direto pela eliminação do Spartak Moscovo), Inglaterra (West Ham) e Escócia (Rangers). E foram mesmo os escoceses que saíram, num reencontro depois da eliminatória na primeira ronda a eliminar da Liga Europa em 2019/20.

  • RB Leipzig (Alemanha)-Atalanta (Itália)
  • Eintracht Frankfurt (Alemanha)-Barcelona (Espanha)
  • West Ham (Inglaterra)-Lyon (França)
  • Sp. Braga (Portugal)-Rangers (Escócia)

O Sp. Braga ficou também a saber que, em caso de vitória com os escoceses, terá pela frente o vencedor da eliminatória entre RB Leipzig e Atalanta. Ou seja, o Barcelona só poderá cruzar com a equipa minhota na final. Para já, os encontros dos quartos estão marcados para 7 (Pedreira) e 14 (Glasgow) de abril.