Dois fuzileiros estão “a responder a um inquérito interno e à disposição das autoridades policiais” para as investigações sobre o caso das agressões a quatro polícias no exterior de uma discoteca em Lisboa, informou este domingo a Marinha Portuguesa.

Em comunicado, a Marinha refere que, no sábado, “dois militares, do regime de contrato, da classe de Fuzileiros, envolveram-se nos confrontos que ocorreram na madrugada desse mesmo dia, na via pública, junto de um espaço noturno, em Lisboa, tendo posteriormente informado as respetivas chefias” do sucedido.

A Marinha adianta que mandou os dois militares apresentarem-se na respetiva unidade, “onde se encontram a responder a um inquérito interno e à disposição das autoridades policiais para as devidas investigações”.

De acordo com a Marinha, estes militares “ainda não foram notificados por nenhuma entidade policial”, numa altura em que a investigação está a cargo da Polícia Judiciária (PJ), em virtude de os atos violentos praticados poderem configurar homicídio, na forma tentada.

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Um dos polícias ficou em coma devido às agressões na cabeça, estando internado no Hospital de São José, em Lisboa.

A Marinha Portuguesa salienta que se “encontra disponível para cooperar no que for necessário, com vista ao apuramento de todos os factos”, e adverte que “não tolerará que nenhum militar seu tenha quaisquer comportamentos que violem a ética e os deveres militares”.

Os outros três agentes da PSP, que tiveram sábado alta do hospital, após terem sido agredidos junto à discoteca Mome, já prestaram declarações à PJ, que está a investigar o caso, disse este domingo à Lusa fonte ligada à PSP.

Segundo a mesma, os três agentes “já foram ouvidos em interrogatório pela PJ”, ajudando a investigação em curso desta polícia.