Cerca de dois milhões de crianças já deixaram a Ucrânia desde o início da invasão russa e outros 3,3 milhões de menores foram forçados a deslocarem-se dentro do país, revelou esta terça-feira a UNICEF em Itália.

“O número de crianças que fogem da Ucrânia está a aumentar a cada hora e aproxima-se inexoravelmente de dois milhões”, disse Andrea Iacomini, o porta-voz do Fundo das Nações Unidas para a Infância em Itália, num comunicado.

“Nestas horas cada vez mais dramáticas, os nossos escritórios dizem-nos que existem 3,3 milhões de crianças deslocadas internamente”, indicou.

Iacomini acrescentou que estas crianças “precisam de tudo, estão profundamente traumatizadas e carregam as cicatrizes indeléveis deste conflito e do cerco a muitas cidades”.

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O porta-voz da UNICEF afirmou que, a cada dia que passa, estas crianças “estão mais expostas aos riscos de tráfico e exploração, fome extrema e doenças“, portanto, “os esforços de ajuda e proteção devem ser intensificados ou a sua condição piorará e pagarão um preço alto por uma guerra que não queriam”.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) revelou na segunda-feira que 3,48 milhões de cidadãos ucranianos, a maioria mulheres, crianças e idosos, deixaram o seu país como resultado da invasão russa.

Entre refugiados e deslocados internos, o ACNUR teme que cerca de 10 milhões de ucranianos, quase um quarto da população total do país, tenham sido forçados a deixarem as suas casas, de acordo com o Alto-Comissário do ACNUR, Filippo Grandi.