O Projeto de Eficiência Hídrica da Câmara da Maia evitou, desde 2019, o desperdício de três milhões de metros cúbicos de água e prevê conseguir um ganho económico de três milhões de euros até 2024, anunciou hoje aquela autarquia.

Em comunicado enviado à Lusa, a Câmara Municipal da Maia, no distrito do Porto, explica que a água poupada pela ação dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMEAS) é “suficiente para abastecer o concelho durante mais de quatro meses”.

O Projeto de Eficiência Hídrica iniciado em 2019 tem a duração de cinco anos e prevê a poupança de mais de seis milhões de metros cúbicos de água.

Segundo a autarquia, no primeiro ano do projeto foi conseguida uma poupança próxima de 500 mil metros cúbicos de água, “valor que superou em cerca de 23% a meta fixada para esse período”.

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No segundo ano, as poupanças ascenderam a 1,8 milhões de metros cúbicos e “com oito meses decorridos do terceiro ano do projeto, as poupanças assumem já o valor acumulado de cerca de três milhões de metros cúbicos de água”, sendo que o “valor percentual das perdas de água, que no arranque do Projeto era de 33%, está hoje nos 18% colocando, assim, os SMEAS da Maia no conjunto restrito das entidades”, lê-se no texto.

O Projeto de Eficiência Hídrica, uma parceria com a Indaqua, explica a autarquia, “tem um modelo de remuneração que, no setor da água, é inovador em Portugal”, uma vez que “parte do pagamento à entidade adjudicatária, que garante os recursos tecnológicos necessários à redução de perdas de água, só acontece quando os objetivos definidos são efetivamente alcançados”.

Para o presidente da autarquia, António Silva Tiago, “as poupanças já geradas reforçam a motivação para alcançar as metas traçadas” para 2024.

Este é um trabalho de continuidade que quisemos implementar para, num curto espaço de tempo, nos permitir assegurar que estamos a contribuir de forma prática e realista para reduzir o desperdício de água, bem essencial à vida, cuja escassez é particularmente relevante quando assistimos de forma cada vez mais frequente aos impactos decorrentes das alterações climáticas, que se traduziram em seca extrema este ano no nosso país”, refere no texto.

Em Portugal, é desperdiçada cerca de 30% da água que entra nas redes de abastecimento e que nunca chega às torneiras dos consumidores.