O ex-governador do estado de São Paulo Geraldo Alckmin filiou-se esta quarta-feira no Partido Socialista Brasileiro (PSB), que pretende apoiar a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicando-o ao posto de vice-presidente.

Antigo rival e político cuja trajetória esteve mais ligada ao empresariado e eleitores conservadores, Alckmin provavelmente unir-se-á à candidatura liderada por Lula da Silva como candidato à vice-presidência nas eleições que serão realizadas em outubro próximo.

O ato de filiação de Alckmin aconteceu em Brasília e contou com a presença de políticos e parlamentares do PSB e também do Partido dos Trabalhadores (PT), força partidária de Lula da Silva.

O ex-presidente ainda não confirmou sua candidatura, mas lidera todas as sondagens de intenção de voto sobre as presidenciais que serão disputadas em outubro próximo e frequentemente fala como pré-candidato ao cargo máximo do Governo brasileiro.

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Além disso, Lula da Silva tem defendido junto de aliados que a vice-presidência seja ocupada por Alckmin, porque tem uma trajetória fortemente ligada ao empresariado, agronegócio e setores conservadores historicamente alinhados aos partidos de direita no Brasil.

Numa conferência de imprensa em janeiro, o líder progressista, que governou o Brasil entre 2003 e 2010, afirmou que aguardava a filiação de Alckmin em algum partido para confirmar a possível aliança. O ingresso do ex-governador paulista no PSB responde a esta condição.

O antigo chefe de Estado brasileiro também reconheceu que há entre si e o ex-governador de São Paulo divergências e visões de mundo diferentes, mas frisou que isso não o impediria de construir uma aliança baseada nas convergências.

“Não sou candidato a ser protagonista, sou candidato a vencer as eleições num momento em que o Brasil está infinitamente pior do que quando tomei posse em 2003 e precisamos construir alianças”, disse Lula da Silva.

Os media brasileiros informam que a possível candidatura presidencial de Lula da Silva e Alckmin deve ser confirmada no início de abril.

Alckmin governou o estado de São Paulo por quatro vezes filiado no Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), de centro-direita, mas deixou o partido no final de 2021, após 33 anos.