Uma amostra lunar da NASA foi aberta e analisada pela primeira vez ao fim de 50 anos.

A amostra 73001 foi recolhida pelos astronautas Eugene Cernan e Harrison Schmitt em 1972, durante a missão da Apollo 17. O material lunar foi selado a vácuo ainda na Lua, e armazenado depois num segundo tubo de vácuo externo, guardado no Centro Espacial Johnson, em Houston, segundo anunciou esta terça-feira a NASA.

A amostra vai ser analisada agora que a missão Artemis se prepara para levar de volta o Homem para a Lua, e o seu estudo faz parte do Programa de Última Geração de Análise de Amostras da Apollo — da sigla ANGSA– cujo objetivo é estudar amostras lunares das missões Apollo que foram na altura preservadas para que fossem depois estudadas com recurso a instrumentos tecnológicos mais avançados.

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Tivemos a oportunidade esta amostra incrível e preciosa que tem sido preservada durante 50 anos em vácuo”, explicou Thomas Zurbuchen, um dos responsáveis pela NASA em Washington. “Finalmente podemos ver que tesouros foram preservados.”

Várias etapas tiveram de ser cumpridas antes de a amostra ser retirada do tubo de vácuo. Em primeiro lugar, foram tiradas várias imagens de raio-x do conteúdo do tubo para que fossem criadas imagens 3D do conteúdo, auxiliando o estudo do modo como o solo lunar se depositou na cápsula.  De seguida, foi retirado o gás lunar presente na amostra.

“Retirámos gás do seu núcleo, e esperamos que possa ajudar os cientistas quando estiverem a estudar a assinatura do gás lunar através da análise de diferentes amostras“, explicou Ryan Zeigler, curador das amostras da Apollo.

As amostras terrestres e lunares são bastante diferentes, portanto a equipa da Artemis tem já isso em conta no processo de desenho das suas ferramentas [de extração]. Não começaram com a Apollo 11. Não começaram do zero. Começaram com a Apollo 17 e com o que correu bem, e estão a evoluir a partir daí para a Artemis”, concluiu o curador.

A missão Artemis terá três estágios diferentes. No primeiro, Artemis I, será realizado um voo com um manequim que acabará depois por aterrar no Oceano Pacífico. O segundo voo — Artemis II — contará com uma tripulação de astronautas, mas não aterrará na Lua. Será a Artemis III a responsável por fazer acontecer mais “um pequeno passo para o Homem”.

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