Os Estados Unidos da América estão a delinear planos de contingência para o caso de a Rússia levar a cabo ataques com armas químicas, biológicas ou nucleares, avança esta quarta-feira o New York Times.
De acordo com o jornal, a Casa Branca nomeou um grupo de conselheiros de segurança nacional que está a traçar cenários para definir como é que os EUA e os seus aliados da NATO devem responder a um possível ataque da Rússia contra o Ocidente.
A principal preocupação continua a ser o uso de uma arma nuclear pela Rússia, apesar de Washington acreditar que as chances de tal ocorrer são pequenas. No entanto, as ameaças proferidas na terça-feira pelo porta-voz do Kremlin — que dão conta de que a Rússia pode levar a cabo um ataque nuclear caso a sua existência estiver em risco — fizeram soar os alarmes.
Rússia admite usar armas nucleares se a sua existência estiver em risco
O grupo chama-se “Tiger Team” e também está a analisar como é que os EUA e a NATO devem reagir aos ataques aos transportes pertencentes à organização militar que entregam ajuda e armas na Ucrânia, algo que Sergei Lavrov, ministro dos Negócios Estrangeiros russo, já admitiu que poderá acontecer.
Além disso, a equipa está também a estudar qual deve ser a resposta norte-americana e dos aliados, caso a Moldávia e a Geórgia — países que não fazem parte da NATO — sejam invadidos por Vladimir Putin, bem como a eventual resposta a uma crise de refugiados.
Este grupo de conselheiros nacionais foi estabelecido a 28 de fevereiro, quatro dias após a invasão ter começado, tendo de certa forma substituído outra equipa que trabalhava na resposta à invasão da Rússia à Ucrânia. Foram estes membros que aplicaram as primeiras sanções e deram as primeiras indicações às tropas da NATO.
O New York Times indica que os planos de contingência serão discutidos com os Estados-membros durante a cimeira da NATO marcada para esta quinta-feira.