A Redes Energéticas Nacionais (REN) registou um lucro de 97,2 milhões de euros em 2021, o que corresponde a uma redução de 11% face ao ano anterior.

A margem bruta EBITDA recuou 2% para 460 milhões de euros, afetado pela subida dos preços da energia e por uma menor remuneração dos investimentos regulados. A empresa destaca ainda o impacto de um aumento efetivo de taxa efetiva de imposto para os 44,9% dos resultados, mais 6,2 milhões de euros do que em 2020, e que inclui a CESE (contribuição extraordinária sobre o setor energético).

“Continuamos a ser altamente penalizados nos impostos”, destacou Gonçalo Soares, administrador financeiro que aponta as culpas para a CESE. Apesar de um ano que descreve como positivo, o presidente executivo, Rodrigo Costa, lamentou: “A nossa história é sempre esta. Somos muito penalizados no tema dos impostos, sobretudo por causa da CESE que é uma grande dificuldade que se mantém há muitos anos e de que extraordinária não tem nada”.

Os responsáveis da REN destacam a aceleração do investimento que cresceu quase 50% para os 97 milhões de euros. A conclusão da ligação de Ribeira de Pena que vai ligar à rede a nova barragem do Alto Tâmega foi um dos projetos referidos e que contribuíram para um aumento muito significativo dos ativos em exploração que atingiram os 309 milhões de euros. Estes valores refletem os investimentos previstos para a transição energética que no ano passado recuperaram do atraso verificado em 2020 devido à pandemia.

No ano passado, a energia com origem em fontes renováveis chegou aos 59,2% do total da oferta, num ano em que se registou uma retoma do consumo de eletricidade que cresceu 1,4%. Já a procura de gás natural caiu 4,6% devido a uma menor procura por parte do setor elétrico que caiu 9,7% num ano em que os preços atingiram valores recorde, entretanto ultrapassados este ano.

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