Cerca de 19 mil pessoas receberam ordem para saírem de casa devido aos grandes incêndios que deflagraram no sábado à noite no Colorado, um estado norte-americano onde os incêndios e a seca são recorrentes.

Os incêndios pareciam menos ameaçadores este domingo de manhã, mas mais de 1.600 residentes receberam ordens de retirada, segundo as autoridades em Boulder, uma cidade com mais de 100 mil habitantes localizada a cerca de 50 quilómetros de Denver, a capital do estado.

O incêndio está agora “21% contido”, disse Mike Smith, oficial dos bombeiros, citado pela agência AFP, numa conferência de imprensa, acrescentando que até agora não tinham sido relatados quaisquer feridos e que nenhum edifício tinha sido destruído.

Salientou, no entanto, que estão “um pouco preocupados com a estação que a avizinha”, tendo em conta que estes incêndios acontecem muito antes do verão, quando as condições são mais propícias à ocorrência de fogos.

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“As condições [meteorológicas] atuais são anormalmente quentes, secas e ventosas”, escreveu no Twitter Daniel Swain, um meteorologista da Universidade da Califórnia (UCLA), também citado pela AFP.

De acordo com os serviços meteorológicos de Boulder, um calor quase recorde, mas menos intenso do que no sábado, ainda é esperado hoje.

Em dezembro, grandes incêndios destruíram bairros inteiros nesta parte do Colorado, um fenómeno invulgar durante o inverno. Centenas de casas ficaram queimadas e destruídas, forçando dezenas de milhares de pessoas a fugir.

Os incêndios, que são recorrentes nesta parte dos Estados Unidos, têm sido particularmente devastadores nos últimos anos, com a Califórnia e o Oregon a sofrerem fogos sem precedentes.

Como grande parte do Oeste norte-americano, o Colorado, um estado já árido, tem lutado contra uma seca excecional desde há vários anos.

Com o aquecimento global, a intensidade e a frequência da seca e das ondas de calor são suscetíveis de aumentar, continuando a criar condições ideais para incêndios florestais.