O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou segunda-feira que as relações entre Portugal e a Grécia, desde logo no plano político, não poderiam ser melhores na União Europeia e à escala global.

“No presente, as relações entre a República Helénica e a República Portuguesa não poderiam ser melhores. E não poderiam ser melhores em todos os domínios“, afirmou o chefe de Estado, no Palácio de Belém, em Lisboa, após receber a sua homóloga grega, que iniciou, esta segunda-feira, uma visita de Estado a Portugal

Tendo ao seu lado a Presidente da Grécia, Katerina Sakellaropoulou, Marcelo Rebelo de Sousa disse que “antes da pandemia estavam a crescer os laços económicos, o turismo, o investimento entre os dois países, o comércio, os serviços” e que “não poderiam ser melhores os passos dados do ponto de vista cultural”.

“Não poderiam ser melhores os entendimentos políticos, a todos os níveis, na Europa e à escala mundial”, acrescentou.

Relativamente à Ucrânia, o Presidente da República assinalou que tanto Portugal como a Grécia condenaram a invasão da Federação Russa, no quadro da União Europeia e da NATO, e que ambos estão a acolher refugiados ucranianos.

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Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, os dois países têm “estado juntos, não só nas sanções, mas também na análise das soluções para os efeitos imediatos da guerra”.

O chefe de Estado referiu que “a Grécia e Portugal têm, em conjunto com outros países europeus, trabalhado na busca de soluções económicas, financeiras e sociais para responder aos efeitos que já se sentem”, por exemplo, no setor da energia.

“Fizemos, fazemos e faremos sempre o que for necessário, neste período que esperamos que não seja longo até à paz — porque o objetivo é a paz — e depois na reconstrução da Ucrânia”, acrescentou o Presidente da República, defendendo que “é importante que se mantenha a unidade na União Europeia”.

Katerina Sakellaropoulou concordou que as relações bilaterais “estão num estado excelente”.

Marcelo Rebelo de Sousa mencionou que esta visita de Estado estava planeada “há mais de um ano”, mas foi adiada devido à pandemia de Covid-19.

A Federação Russa lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia com invasão por forças terrestres e bombardeamentos.

Nesse dia, Portugal condenou a invasão e convocou de urgência uma reunião do Conselho Superior de Defesa Nacional, que deu parecer favorável, por unanimidade, a propostas do Governo para meios militares portugueses poderem participar em forças de prontidão da NATO.

A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou em 2 de março uma resolução que condena a agressão russa contra a Ucrânia e apela a um cessar-fogo efetivo e imediato, com 141 votos a favor, incluindo de Portugal, 5 votos contra e 35 abstenções.