A Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) criticou esta terça-feira a junção do Turismo, Comércio e Serviços na mesma Secretaria de Estado, por ignorar o peso que o turismo tem na economia, e saudou a manutenção de Rita Marques na pasta.

“A AHP lamenta esta junção das pastas que, claramente, ignora importância e o peso que o Turismo tem para a economia nacional, quer no PIB [Produto Interno Bruto], quer no emprego, quer nas exportações nacionais”, defendeu a associação, em comunicado enviado às redações, lembrando que, segundo o Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC, na sigla inglesa), Portugal foi, em 2019, o quinto país com maior contributo do turismo para o PIB.

Ainda assim, a AHP considerou que a manutenção de Rita Marques como secretária de Estado do Turismo “é uma excelente notícia para o setor”.

Para o presidente da associação, Raul Martins, a decisão de juntar as três pastas numa só Secretaria de Estado “não é, infelizmente, uma surpresa total para a AHP, já que no documento do PRR [Plano de Recuperação e Resiliência], elaborado pelo futuro responsável pela tutela do setor [António Costa Silva], o Turismo tinha ficado ‘esquecido'”.

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“A continuidade da engenheira Rita Marques à frente do Turismo, embora acumulando com as outras duas áreas, dá-nos, apesar de tudo, um sinal de confiança”, acrescentou o responsável, destacando a “grande competência” da governante e o trabalho “lado a lado com as empresas do setor”.

A AHP sublinhou que “é absolutamente fundamental continuar a haver uma estreita colaboração entre o Estado e o setor privado” no setor que “está a sair do momento mais difícil da sua história”.

No domingo à noite, o Presidente da República aceitou a lista de 38 secretários de Estado proposta por António Costa para o XXIII Governo, com Rita Marques escolhida para continuar no Turismo e assumir o Comércio e Serviços, anteriormente nas mãos de João Torres, que será o novo secretário-geral adjunto do Partido Socialista (PS).