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O Dia é das Mentiras mas Vitinha mostrou que é a maior verdade (a crónica do Sp. Braga-Benfica)

Este artigo tem mais de 2 anos

Benfica começou a perder, chegou ao empate na segunda parte mas não conseguiu dar o salto para a vitória. No fim, foi castigado pela qualidade de Vitinha — e pode ficar a nove pontos do Sporting.

Vitinha marcou o golo da vitória dos minhotos a pouco mais de 10 minutos do fim
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Vitinha marcou o golo da vitória dos minhotos a pouco mais de 10 minutos do fim

LUSA

Vitinha marcou o golo da vitória dos minhotos a pouco mais de 10 minutos do fim

LUSA

O início de abril, para o Benfica, era também o início de um ciclo particularmente preenchido no calendário: com sete jogos no espaço de um mês, os encarnados visitavam o Sp. Braga esta sexta-feira, decidem os quartos de final da Liga dos Campeões com o Liverpool nas próximas duas semanas, vão a Alvalade jogar com o Sporting e pelo meio ainda defrontam Belenenses SAD, Famalicão e Marítimo. Na Pedreira, contra os minhotos e logo depois da paragem para os compromissos das seleções, a equipa de Nélson Veríssimo dava o pontapé de saída de um abril que terá de ser de vitórias mil.

Ainda assim, era neste contexto de enorme competitividade que o futuro do Benfica ia sendo discutido. Com a saída de Veríssimo no final da época a ser um dado praticamente adquirido, a sucessão no banco de suplentes encarnado tem estado em cima da mesa diariamente — com Roger Schmidt, alemão que vai sair do PSV, a ser o principal nome apontado como próximo treinador do Benfica. O atual treinador do Benfica, porém, garantia na véspera do Dia das Mentiras que a verdade impera na Luz.

Ficha de jogo

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Sp. Braga-Benfica, 3-2

28.ª jornada da Primeira Liga

Estádio Municipal de Braga, em Braga

Árbitro: Luís Godinho (AF Évora)

Sp. Braga: Matheus, Tormena, Paulo Oliveira, David Carmo, Fabiano, André Horta (Castro, 78′), Al Musrati, Rodrigo Gomes, Iuri Medeiros (Yan Couto, 56′), Ricardo Horta (Berna, 90+6′), Abel Ruiz (Vitinha, 45′)

Suplentes não utilizados: Tiago Sá, Diogo Leite, Lucas Mineiro, Francisco Moura, Miguel Falé

Treinador: Carlos Carvalhal

Benfica: Vlachodimos, Gilberto, Otamendi, Vertonghen (Diogo Gonçalves, 66′), Grimaldo, Rafa, Weigl, Meïté (Paulo Bernardo, 66′), Everton (Darwin, 45′), Yaremchuk (Seferovic, 66′), Gonçalo Ramos (João Mário, 45′)

Suplentes não utilizados: Helton Leite, Radonjic, André Almeida, Morato

Treinador: Nélson Veríssimo

Golos: Iuri Medeiros (28′), André Horta (59′), Darwin (gp, 74′), João Mário (77′), Vitinha (79′)

Ação disciplinar: cartão amarelo a Abel Ruiz (8′), a Vertonghen (26′), a Al Musrati (31′)

“O meu futuro é o que menos me preocupa. Sou treinador do Benfica com muita honra e orgulho, sei da minha tarefa, da minha missão. Relativamente aos nomes, tenho tido conhecimento de alguma coisa que tem saído na imprensa, apesar de não ter a preocupação diária de seguir isso. Acaba por ser natural, o Benfica é um grande clube, há conhecimento de que o treinador que está no Benfica tem contrato até final da época e é natural que apareçam outros nomes. Falo diariamente com o presidente, estou a par do que está a acontecer. O que tem de ficar bem claro é que não é algo que me afete, nem a mim nem à minha equipa técnica. Temos uma estratégia definida até ao final da época e o meu foco é nos jogos que faltam. Vamos ter um ciclo de sete jogos, para a Liga e para a Champions, e é com isso que estamos comprometidos: preparar a equipa para o dia a dia”, explicou Veríssimo na antevisão da deslocação a Braga.

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Com Seferovic de regresso e Taarabt de fora por lesão, o Benfica apresentava-se com Yaremchuk e Gonçalo Ramos no ataque e Meïté no meio-campo com o objetivo de vencer o Sp. Braga e pressionar desde logo o Sporting, que só defronta o P. Ferreira no domingo — até porque uma eventual derrota, em conjunto com uma vitória dos leões, abria um fosso de nove pontos para o segundo lugar e deixava o apuramento direto para a Liga dos Campeões praticamente impossível. Do lado dos minhotos, o clima também era de alguma ansiedade: com apenas três pontos de vantagem para o Gil Vicente, uma derrota com os encarnados aliada a uma vitória dos gilistas frente ao Arouca significava ficar em igualdade pontual no 4.º lugar. Assim, Carlos Carvalhal lançava Iuri Medeiros, Abel Ruiz e Ricardo Horta no trio ofensivo.

O Sp. Braga teve a primeira aproximação à baliza, com um remate por cima de Rodrigo Gomes (2′), mas a verdade é que foi o Benfica a assumir a dianteira da partida. Os encarnados posicionavam-se com as linhas mais subidas, claramente sempre à procura das investidas de Gilberto no corredor direito, mas o jogo manteve-se encaixado durante o quarto de hora inicial e não existiam rasgos individuais que desatassem os intensos duelos na zona do meio-campo.

Yaremchuk teve a primeira grande oportunidade do jogo, com um pontapé cruzado que Matheus defendeu depois de uma transição rápida (12′), e Vertonghen chegou a colocar a bola no fundo da baliza mas o lance foi anulado porque o belga ajeitou com a mão (22′). O encontro foi partindo à medida que o relógio avançava, com o Benfica a assumir cada vez mais a posse de bola e o Sp. Braga a apostar totalmente na transição rápida e na velocidade do trio ofensivo. Já perto da meia-hora, algo contra a corrente mais vincada do jogo mas a castigar a exibição muito apagada do Benfica, os minhotos acabaram por chegar ao golo: na conversão de um livre direto, Iuri Medeiros atirou de pé esquerdo e em jeito para bater Vlachodimos (28′).

Até ao intervalo, o Benfica pouco ou nada conseguiu fazer para responder à vantagem do Sp. Braga. Os encarnados avançavam muito mas sem qualquer consequência, lançando a velocidade nos corredores sem conseguir ter poder de fogo na grande área. No final da primeira parte, subsistia a ideia de que os encarnados teriam de fazer muito mais para evitar deixar pontos na Pedreira.

[Carregue nas imagens para ver alguns dos melhores momentos do Sp. Braga-Benfica:]

No início da segunda parte, Nélson Veríssimo procurou injetar energia no ataque e tirou Everton e Gonçalo Ramos, dois jogadores que estiveram em claro subrendimento até ao intervalo, para lançar João Mário e Darwin. A lógica, porém, manteve-se: o Benfica tinha mais bola, passava mais tempo no meio-campo adversário mas não conseguia fazer nada com isso, esbarrando na agressividade do Sp. Braga e na organização defensiva da equipa de Carlos Carvalhal.

Sem que os encarnados tivessem sequer ameaçado o empate, o treinador minhoto tirou Iuri Medeiros para colocar Yan Couto e o Sp. Braga reagiu com o trunfo que já tinha demonstrado na primeira parte: a eficácia. Depois de uma deliciosa jogada combinada, Ricardo Horta recebeu de costas para a baliza à entrada da grande área e rodou para encontrar o irmão, André, que apareceu em desmarcação e fintou Vlachodimos para aumentar a vantagem e estrear-se a marcar esta temporada (59′).

Sem que a equipa tivesse mostrado qualquer tipo de reação, Veríssimo voltou a mexer e lançou Seferovic, Paulo Bernardo e Diogo Gonçalves, motivando a saída de Vertonghen e a ida de Weigl para central, num espécie de all in que procurava ainda evitar a derrota. Pouco mudou, ainda assim: o Sp. Braga continuava a ser a equipa mais perigosa, como Vitinha mostrou com um remate cruzado que Vlachodimos defendeu (66′), e o Benfica estava cada vez mais exposto a transições rápidas e contra-ataques.

Já com o jogo quase a entrar no último quarto de hora, os encarnados acabaram por conseguir reduzir de grande penalidade, com Darwin a converter o penálti na sequência de mão na bola de André Horta (74′). A partida perdeu algumas características, com o Sp. Braga a ter alguma dificuldade para se reorganizar defensivamente depois do golo sofrido, e o Benfica aproveitou para empatar: Seferovic cruzou na direita, Darwin ganhou de cabeça ao segundo poste e João Mário encostou para a baliza (77′). Com o encontro quase partido e a ideia de que a vitória poderia cair para qualquer lado, Carlos Carvalhal tirou André Horta para lançar Castro e os minhotos regressaram à vantagem: Al Musrati cruzou na direita depois de um canto e Vitinha, ao segundo poste, atirou cruzado (79′).

Até ao fim, já pouco aconteceu. O Sp. Braga conseguiu segurar a vantagem até ao final e venceu o Benfica na Pedreira, garantindo que não será apanhado pelo Gil Vicente no 4.º lugar; por outro lado, os encarnados correm o risco de ficar a nove pontos do Sporting e do segundo lugar se os leões vencerem o P. Ferreira no próximo domingo. Na antecâmara da primeira mão dos quartos de final da Liga dos Campeões contra o Liverpool, a equipa de Nélson Veríssimo nunca esteve bem, cometeu demasiados erros na saída de bola e não conseguiu capitalizar o empate — e acabou castigada por Vitinha, que mostrou no Dia das Mentiras que é a maior verdade do futuro dos minhotos.

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