As miras têm estado apontadas para João Félix e o jovem português tem justificado todo o mediatismo de que tem sido alvo. Quatro jogos, cinco golos e cedo começou por decidir o rumo deste encontro do Atlético de Madrid contra o Alavés. Marcou logo aos 11 minutos de cabeça, colocando a bola sem hipótese para Fernando Pacheco no canto superior direito da baliza. O jogo acabou assim como começou, com Félix a bisar para o 3-1. 

As exibições e os números apontados por João Félix têm trazido alguma cobiça por parte de emblemas fora de Madrid. O Barcelona é um desses casos, tendo o presidente dos catalães admitido até esta semana que o clube já havia tentado contratar o atleta português durante o último mercado de verão. “Gosto imenso do João Félix, o empresário dele sabe. É um excelente jogador e de facto houve uma oportunidade de trocar o Griezmann por ele. Nós tentámos, mas o Atlético Madrid não o quer deixar sair e fazem bem”, explicou Joan Laporta.

O golo madrugador e uma entrada a todo o gás do Atlético podia enganar os mais distraídos. Um golo anulado por fora de jogo e um validado logo aos 11 minutos anteviam uma noite fácil para a equipa da casa. O que é certo é que, depois da vantagem, o que vimos no primeiro tempo foi essencialmente um futebol de contenção e uma clara dificuldade para encontrar caminhos até à baliza depois do primeiro golo da noite. Fora isso, o som mais ouvido no estádio Wanda Metropolitano deve mesmo ter sido o apito. Pouco jogo, muitas paragens e um pobre espetáculo.

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O segundo tempo trouxe um balde de água fria para os da casa. O Atlético entrou melhor no segundo tempo e teve várias jogadas que podiam ter dilatado a sua vantagem no marcador. Ainda assim, num momento que era de claro ascendente por parte da equipa de Simeone, o Alavés repôs a igualdade no marcador com um golo de cabeça de Gonzalo Escalante servido por Edgar Méndez (63′).

Um final de jogo que se adivinhava complicado, mas que acabou por sorrir aos colchoneros. O Atlético procurou contrariar o empate desde cedo e num desses ataques acaba por beneficiar de uma falta de Matheus Cunha dentro da grande área. Penálti convertido aos 75 minutos por Luis Suárez e um golo que acabou por desencadear tudo o que se passou no resto da partida.

Finalmente descoberto o caminho para a baliza, o resto do encontro foi música para os ouvidos de Diego Simeone. Houve ainda mais dois golos por contar e de dois “repetentes”. Félix e Suárez carimbaram esta vitória no Wanda Metropolitano e dividiram as despesas de golos num duelo que acabou por 4-1, o primeiro aos 82′ e o segundo aos 90′. Classe, irreverência e pragmatismo. A combinação perfeita entre estes dois jogadores que acabou por ser decisiva num jogo importante e que antecede um confronto direto entre Barcelona e o Sevilha marcado para amanhã. Um duelo que pode permitir aos colchoneros ganhar terreno para o que resta do campeonato.