A Mercedes informou 11 clientes, dez proprietários de Classe S e um de Maybach, que não poderiam tocar nos seus automóveis. E depois de lerem os motivos para esta chamada à oficina, dificilmente os donos dos veículos terão qualquer vontade de se sentar ao volante. Só se conhecem os dados relativos aos veículos comercializados nos EUA, graças à eficiência e vontade de proteger os consumidores da entidade norte-americana que controla a qualidade e a segurança dos veículos à venda no país, a NHTSA, que não só divulga as deficiências detectadas, como multa as marcas que não tornam público os defeitos dos seus veículos.

O presente recall levou o construtor germânico a informar os seus clientes (e a NHTSA) que os veículos podem “desviar-se devido às irregularidades da estrada e, além disso, guinar repentinamente para um dos lados em caso de travagem de emergência, o que pode tornar o controlo do veículo difícil, incrementando o risco de despiste”. Com este tipo de aviso, não haverá proprietário que não opte por deixar estes Mercedes a ornamentar a garagem.

Pela descrição da marca alemã, é fácil perceber que haverá um problema de fabrico num dos elementos da suspensão, que pode colapsar repentinamente devido a uma irregularidade na estrada, a uma travagem mais forte ou a curvar mais depressa. Em resumo, tudo o que aplique esforços superiores na suspensão. A imprensa norte-americana avança que uma soldadura deficiente no eixo traseiro é a responsável por um dos braços da suspensão se poder soltar sem aviso e originar um acidente.

A Mercedes tem sido obrigada a realizar vários recalls, mas neste caso a informação sobre o risco foi partilhada antes que qualquer acidente tenha acontecido, depois de alguns clientes se queixarem de situações em que o comportamento lhes parecia instável. A reparação pode ser mais prolongada do que o habitual, pelo que a marca fornece – pelo menos aos clientes americanos – um veículo de substituição, enquanto os seus Mercedes Classe S e Mercedes Maybach estiverem a ser reparados.

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