O Ministério das Finanças enviou a auditoria, feita pela Deloitte, ao Novo Banco para a Assembleia da República, anunciou em comunicado.

A auditoria especial é feita em cada nova injeção que existe no Novo Banco. Esta é a terceira que foi realizada.

“Esta auditoria especial foi determinada pelo Governo, em cumprimento da Lei n.o 15/2019, de 12 de fevereiro, na sequência do pagamento efetuado pelo Fundo de Resolução em 2021, com recurso a financiamento bancário”, explica o Governo em comunicado, avançando que a auditoria analisa operações entre 1 de janeiro de 2020 e 31 de dezembro de 2020, incluindo “operações de crédito, subsidiárias e associadas, outros ativos, e ainda operações de venda de carteiras”.

Além de ter sido enviada ao Parlamento a auditoria seguiu para Tribunal de Contas, para a Procuradoria-Geral da República, e será ainda remetido ao Banco Central Europeu, ao Banco de Portugal, ao Fundo de Resolução, à Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões e à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

Em 2021, e por referências às contas de 2020, o Fundo de Resolução injetou 429 milhões de euros, depois de ter sido paga uma tranche de 112 milhões de euros no final do ano e que estava retida pelas Finanças.

Fundo de Resolução já pagou os 112 milhões que Leão mandou reter da injeção ao Novo Banco

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

O Ministério das Finanças não revela qualquer conclusão da auditoria da Deloitte, que tem de ser feita cada vez que há uma nova injeção. As anteriores apontaram algumas irregularidades. O Novo Banco voltou, este ano, a pedi nova chamada de capital, cujo cheque contratualmente tem de entrar até início de maio. António Ramalho, presidente do Novo Banco, anunciou que iria pedir 209 milhões de euros pelo exercício de 2021, tendo já ouvido o Fundo de Resolução e o Banco de Portugal dizer que nada lhe será devido. A análise está a ser feita, num momento em que já foi pré-anunciada a saída de António Ramalho. O presidente executivo do Novo Banco anunciou que em agosto vai sair da liderança do banco.

As polémicas de Ramalho em seis (conturbados) anos à frente do Novo Banco