O primeiro-ministro japonês condenou segunda-feira os “atos atrozes” de tropas russas contra civis em cidades ucranianas nos arredores de Kiev, uma “violação do direito internacional”.

Fumio Kishida disse que “o Japão fará de forma firme o que deve fazer”, enquanto coopera com a comunidade internacional em possíveis novas sanções contra a Rússia.

“Condenamos veementemente a violação da lei internacional, que inclui ferir a população civil”, acrescentou, em conferência de imprensa.

O porta-voz do governo japonês, Hirokazu Matsuno, disse que o Japão pediu ao Tribunal Penal Internacional que investigue possíveis crimes de guerra cometidos por tropas russas na Ucrânia e acrescentou esperar “que os investigadores possam realizar bem as investigações” para esclarecer a situação.

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A retirada das tropas russas do norte de Kiev mostrou as alegadas execuções sumárias de várias centenas de civis no subúrbio de Busha e noutras áreas.

A Ucrânia acusou a Rússia de genocídio, alegando ter encontrado os corpos de 410 civis na região de Kiev, atualmente sob controlo ucraniano.

Na cidade de Busha, a noroeste de Kiev, cerca de 300 pessoas foram enterradas em valas comuns, de acordo com as autoridades ucranianas.

A organização não governamental de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch (HRW) disse ter indicações de que o exército russo estava a cometer possíveis crimes de guerra em áreas sob o seu controlo, incluindo execuções sumárias de civis.

O Japão impôs uma série de sanções contra a Rússia, tal como os Estados Unidos e vários países ocidentais.