O presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, lamentou esta terça-feira a morte do ator e cofundador da Seiva Trupe, António Reis, considerando que o teatro português e a cidade do Porto ficaram mais pobres.

“Lamento a morte do ator e encenador António Reis, um dos fundadores da companhia Seiva Trupe. O teatro português e a cidade do Porto ficam mais pobres”, escreveu o presidente da Assembleia da República na sua conta na rede social Twitter.

Também cofundador do Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica (FITEI), António Reis morreu esta terça-feira, aos 77 anos, no Porto, em consequência de doença prolongada, disse à agência Lusa fonte da companhia teatral.

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António Reis iniciou atividade nos anos de 1960 no Grupo dos Modestos, num espetáculo de Joseph Kesserling, e ingressou depois no Teatro Experimental do Porto, em 1970, onde fez a estreia profissional e trabalhou durante dois anos.

Em 1973, juntamente com Júlio Cardoso e Estrela Novais — também vindos do Teatro Experimental do Porto -, António Reis cofundou a Seiva Trupe, onde foi ator, mas também encenador, cenógrafo, diretor de produção e diretor de cena, refere o Centro de Estudos de Teatro, da Universidade de Lisboa, na sua base de dados.

A par do teatro, António Reis também fez cinema e televisão, tendo trabalhado, sobretudo, com Manoel de Oliveira, em filmes como “Vale Abraão” (1992) e “Singularidades de uma rapariga loira” (2008).

António Reis foi igualmente um dos fundadores do FITEI — Festival de Teatro de Expressão Ibérica e, ao longo da carreira, recebeu alguns prémios pelo labor no teatro português, nomeadamente a Medalha de Mérito Cultural da Câmara Municipal do Porto (1988), a comenda da Ordem do Infante (1995) e o prémio Lorca, pela Universidade de Granada em Espanha (1995).