A agência de busca e salvamento marítimo de Espanha resgatou esta segunda-feira de madrugada 97 migrantes que tentavam chegar às ilhas Canárias em dois barcos, informou um porta-voz do organismo.

O primeiro barco era um insuflável com 59 pessoas a bordo, que foi avistado por um navio mercante a norte de Cabo Bojador (Sahara), a cerca de 130 quilómetros a sudeste de Maspalomas (Gran Canaria).

Do total de migrantes, 41 eram homens, 16 mulheres e dois menores, todos de origem subsaariana.

O grupo chegou cerca das 3horas ao porto de Arguineguín, tendo quatro dos migrantes sido reencaminhados para um hospital, incluindo uma grávida e um menor, embora com pequenos problemas, segundo o serviço de urgência.

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O segundo barco continha 38 pessoas de origem norte-africana e foi localizado por um helicóptero de resgate durante a manhã de segunda-feira, a 35 quilómetros de Lanzarote.

O grupo, composto por 35 homens e três mulheres, desembarcou depois das 8h40 no porto de Arrecife, onde todos receberam os primeiros socorros, sem necessidade de transferência para o hospital.

Em fevereiro, as autoridades marítimas locais resgataram quase 420 migrantes que tentavam chegar às ilhas Canárias.

A rota da África Ocidental, que atravessa o oceano Atlântico e a costa oeste de África até às Canárias, é conhecida por ser extremamente perigosa, por causa das fortes correntes marítimas.

Apesar disso, esta rota atrai cada vez mais migrantes, sobretudo provenientes de países da África subsaariana, que desejam chegar ao território europeu, a grande maioria a bordo de embarcações precárias e sobrelotadas.

Espanha, a par da Grécia, Itália, Malta ou Chipre, é um dos países da “linha da frente” ao nível das chegadas de migrantes ilegais à Europa.