A villa do apresentador russo Vladimir Solovyov, considerado um dos principais apoiantes de Putin na televisão, foi incendiada na manhã desta quarta-feira em Itália.

Localizada em Loveno Sopra Menaggio, na região do Lago Como, a villa faz parte do conjunto de três bens imóveis pertencentes a Vladimir Solovyov apreendidos pelas autoridades italianas em consequência das sanções impostas por Itália a vários elementos ligados ao Presidente russo, Vladimir Putin.

Segundo o jornal italiano La Regione, citado pela Newsweek, terão sido utilizados pneus para começar o incêndio, o que leva as autoridades a suspeitarem de fogo posto.  Os carabinieri — elementos das autoridades policiais italianas — estão a investigar o incidente, não tendo ainda sido identificados potenciais suspeitos do crime.

“A investigação dos carabinieri está a decorrer, mas podemos dizer já que os vândalos  não causaram estragos significativos”, assegurou o presidente da câmara local,Michele Spaggiari, esta segunda-feira, citado pelo site Daily Beast. “A villa está vazia de momento .(…) Pode ter-se tratado de um ato demonstrativo, que felizmente não teve consequências graves.”

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Duas das propriedades de Solovyov estão localizadas no Lago Como, local conhecido pelas villas luxuosas de várias celebridades, como George Clooney. Os dois bens de luxo do apresentador russo estão avaliados em 8.7 milhões de dólares, o equivalente a cerca de oito milhões de euros.

Casa de oligarca russo incendiada em Itália

Foi-me dito que a Europa era uma cidadela de direitos, que tudo era permitido, era o que diziam. Sei por experiência sobre os chamados ‘direitos sagrados de propriedade'”, afirmou o apresentador de TV russo no seu programa The Evening With, na altura das sanções aplicadas por Itália aos seus imóveis. “Subitamente, alguém toma a decisão de que este jornalista está agora na lista de sanções e imediatamente afeta o teu património imobiliário.”

Solovyov tem abordado o a invasão Rússia da Ucrânia como sendo uma “operação especial militar” e não uma guerra. Segundo um vídeo partilhado no Twitter pela agência de notícias bielorrussa Nexta e citado pela Newsweek, o jornalista terá defendido que o massacre de Bucha foi realizado por especialistas [militares] britânicos.