A secretária de Estado do Desenvolvimento Regional, Isabel Ferreira, defendeu, esta quinta-feira, que esta é a melhor altura para se colocarem os fundos europeus regionais ao serviço da recuperação económica de Portugal.

“Estamos no tempo certo de colocar fundos europeus regionais ao serviço da recuperação económica do nosso país e da convergência que todos desejamos para a União Europeia, nomeadamente em matérias tão importantes como a redução das assimetrias territoriais e igualdade de oportunidades“, sustentou.

Na sua intervenção na sessão de abertura do IV Congresso Internacional – Floresta e Potencial para a Saúde a decorrer no Luso, na qual participou ‘online’, Isabel Ferreira sublinhou também a importância de se aproveitar todo o potencial endógeno.

A diversificação da base económica dos territórios, o investimento empresarial inovador e competitivo, a criação de emprego, também dando resposta aos desafios demográficos, os desafios estratégicos da transição digital e climática, incentivando o teletrabalho, a mobilidade sustentável e a economia circular, estão hoje em cima da mesa de todas as nossas estratégias”, apontou.

Sobre a importância da floresta em Portugal, a governante realçou a sua componente vital em termos de paisagem rural e sustentação dos ecossistemas, para além de ser uma âncora económica, ambiental e social dos territórios.

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“É inegável também a importância estruturante do turismo, nomeadamente do turismo de natureza, contribuindo significativamente para uma indústria do turismo de elevada qualidade e representando também um dos principais motores de desenvolvimento económico, com impacto muito positivo em todo o território nacional”, acrescentou.

A secretária de Estado do Desenvolvimento reconheceu o potencial do turismo “modernizado, organizado e orientado”, capaz de “transformar economias regionais”, através de “produtos e serviços inovadores, de grande interesse estratégico para a economia portuguesa”.

“É indiscutível o papel que esta atividade turística desempenha na economia portuguesa, gerando riqueza, emprego, e é também a principal atividade exportadora do país”, referiu.

Ainda durante a sessão de abertura do congresso, o presidente da Câmara Municipal da Mealhada, António Jorge Franco, destacou a importância da floresta para esta região.

“A Região Centro é talvez a região com maior número de áreas naturais protegidas e classificadas, que pela sua riqueza e diversidade ocupam um lugar estratégico na oferta turística da região. É também uma fonte de riqueza e alavanca da atividade económica em grande parte dos municípios da região”, alegou.

Sobre o maior ícone do concelho, a Mata do Bussaco, o autarca garantiu que lhe merece um olhar atento relativamente às suas necessidades, mas sobretudo em termos de oportunidades.

“Associar o turismo de natureza e ativo, a saúde e o bem-estar ao posicionamento estratégico do Bussaco é para nós um ativo que queremos abraçar”, concluiu.

O Luso e a Mata Nacional do Bussaco, no concelho da Mealhada, distrito de Aveiro, acolhem, até sábado, o IV Congresso Internacional – Floresta e Potencial para a Saúde.

Promovido pela DESTINATURE — Agência para o Desenvolvimento do Turismo de Natureza, conta com o apoio do Município da Mealhada, do Turismo Centro de Portugal, da Fundação Mata do Bussaco e do Grande Hotel de Luso.