Os mineiros da Panasqueira, no concelho da Covilhã, e a empresa chegaram acordo para aumentos salariais e a greve de três horas diárias, que estava marcada para o período entre 11 e 30 de abril, foi desconvocada.

A informação foi adiantada esta quarta-feira à agência Lusa pela Beralt Tin and Wolfram Portugal (empresa que detém a exploração das minas e que é propriedade do grupo canadiano Almonty), que explica que o acordo com os representantes do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira (STIM) foi assinado na terça-feira.

Segundo o estabelecido, os trabalhadores terão um aumento de 3,5% no salário base, acrescido de um valor fixo que muda de acordo com os escalões, sendo que os ordenados mais baixos terão o valor fixo mais alto.

Em declarações à agência Lusa, o administrador da empresa António Corrêa de Sá explicou que nenhum dos aumentos fica abaixo dos 40 euros, mas que o valor médio ronda os 57 euros.

Deste modo, os níveis II, III e IV terão um aumento de 3,5% mais 10 euros mensais, nos níveis V e VI o valor fixo é de 15 euros e nos níveis VII, VIII, IX e X esse valor será de 22,50 euros.

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Além destes aumentos, haverá ainda aumento nos subsídios de turno, que passam de 17,50 euros para os 20 euros no regime de dois turnos retroativos e de 27,50 euros para 30 euros no regime de três turnos rotativos.

No que concerne às anuidades, o valor unitário de 6,20 euros passa para 7,50 euros, mantendo-se o número máximo de anuidades nos 18 anos, tal como pode ler-se no documento enviado à agência Lusa.

Os aumentos têm efeitos retroativos a 1 de janeiro de 2022.

“Com o presente acordo fica sem efeito o pré-aviso de greve emitido pelo STIM para o período de 11 a 30 de abril de 2022”, é igualmente referido.

As Minas da Panasqueira são a única exploração de extração de volfrâmio a laborar em Portugal e empregam mais de 200 trabalhadores, essencialmente oriundos dos concelhos da Covilhã e do Fundão, no distrito de Castelo Branco.