O Fundo Monetário Internacional (FMI) chegou a um acordo de princípio com o Líbano para um pacote de ajuda de 3.000 milhões de dólares (cerca de 2.750 milhões de euros) ao longo de quatro anos, anunciou esta quinta-feira a instituição.

A ajuda ao Líbano, na forma de facilidade de crédito alargada, está sujeita à aprovação da administração do FMI e da sua Comissão Executiva, informou esta quinta-feira em comunicado.

“As autoridades libanesas concordaram em empreender várias reformas fundamentais antes da reunião do Conselho Executivo do FMI”, acrescentou o Fundo.

Uma delegação do FMI tinha iniciado uma nova missão ao Líbano no final de março, para tentar chegar a um acordo preliminar sobre um programa de ajuda ao país, atingido por uma crise económica sem precedentes.

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O programa terá de ser complementado pela reestruturação da dívida pública externa libanesa, com o objetivo de envolver os credores o suficiente para restabelecer a sustentabilidade da dívida.

“O Líbano está a enfrentar uma crise sem precedentes, que levou a uma dramática contração económica e a um aumento acentuado da pobreza, desemprego e emigração”, disse o chefe da missão do FMI, Ernesto Ramirez Rigo, no final da visita que terminou esta quinta-feira.

Cerca de 80% da população libanesa está mergulhada na pobreza, devido a uma crise que já existia, mas que foi agravada pela pandemia de Covid-19, a explosão do porto de Beirute, em agosto de 2020, e, mais recentemente, pela guerra na Ucrânia.