Se não é fã da “farda” clássica calça bege e blazer azul, Alexandre Poço disfarça mal — o que não faltam são fotografias do presidente da Juventude Social Democrata, se não vestido exatamente assim, pelo menos de camisa azul a fazer as vezes do casaco formal —, pelo que o dress code partilhado via Twitter para o Congresso da JSD que esta sexta-feira arranca em Almada só pode mesmo ser encarado como uma brincadeira.

“Proibido calça bege e blazer azul”, pode ler-se no cartaz publicado esta quinta-feira na conta oficial da JSD, a cuja presidência Poço é para já o único candidato. “Fãs da calça bege e do blazer azul escuro, temos más novidades para vós! O dress code do 27º Congresso da JSD dita que está proibida esta vestimenta. Venham confortáveis e prontos para estar na linha da frente!”, acrescenta a legenda do post, que entretanto foi retweetado pouco mais do que uma centena de vezes e recebeu outros tantos comentários, sobretudo de utilizadores que levaram a mensagem à letra e se insurgiram com a interdição mas também de outros que retribuíram com humor (ou ironia). “Processo de desbetificação em curso”, diz uma das respostas; “Mas o cordão de prata ao pescoço, pode ser?”, questiona outra.

https://mobile.twitter.com/JSDPortugal/status/1512159057154658316/photo/1

Apesar do espanto, a “proibição” enquadra-se no lema do congresso da JSD, presencial, pela primeira vez em quatro anos — “Começar por Nós” — e na estratégia de marketing com que Alexandre Poço surpreendeu (e chamou a atenção) quando nas últimas autárquicas tentou tomar a Câmara Municipal de Oeiras a Isaltino Morais, de meias cor de laranja calçadas e a saltar de aviões.

Para o congresso que arranca esta sexta-feira no Pavilhão Gimnodesportivo do Ginásio Clube do Sul, em Almada, e que termina no domingo à hora de almoço, com a presença de Rui Rio e a tomada de posse dos novos órgãos nacionais da JSD, estão previstas outras novidades. No press release enviado às redações, há referências a “um modelo diferente de organização da sala”; ao lançamento de uma nova linha de merchandising da JSD, “com artigos diferenciados dos habituais brindes políticos”; a “espaços de food court e bares”; e “à presença de artistas musicais para atuação na sala dos trabalhos no final de cada dia”. O “objetivo”, diz a JSD, é  “garantir que este não é apenas só um evento político”.

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