O presidente francês, Emmanuel Macron, garantiu esta sexta-feira “a mobilização plena” do Estado para acabar com “o insuportável sequestro” do jornalista Olivier Dubois, raptado há um ano por um grupo de milicianos no Mali.

O chefe de Estado exprimiu, em comunicado, o seu “apoio indefetível” ao refém francês, “raptado no exercício do seu ofício de jornalista”, “à sua família, aos seus amigos e às redações para quais trabalha”.

Em comunicado, Macron garantiu-lhes “a sua compaixão nesta dolorosa prova e a plena mobilização dos serviços do Estado para acabar com o sequestro” de Olivier Dubois, “o único francês detido por uma organização terrorista”.

O ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Yves Le Drian, anunciou, por seu lado, ter contactado com a família de Olivier Dubois “para lhe transmitir a sua compaixão e a compreensão da sua angústia”.

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Em declarações à estação televisiva France 5, declarou que compreende “a sua impaciência”, acrescentou o chefe da diplomacia francesa, enquanto a família deplora uma “falta de informação” da parte do governo francês.

“Senti compreensão da necessidade de silêncio neste género de situação“, realçou Jean-Yves Le Drian, que tem sido confrontado com vários raptos no Mali.

“De cada vez, o silêncio foi necessário. A maior parte das operações foi bem conseguida. Foi o que disse à família de Olivier Dubois. É preciso resistir, manter-mo-nos juntos, manter a discrição e a solidariedade”, insistiu.

O jornalista independente, com 47 anos, que vive e trabalha no Mali desde 2015, tinha anunciado o seu próprio rapto, através de um vídeo, divulgado nas redes sociais em 5 de maio de 2021. Aí explicava que tinha sido raptado em 8 de abril, em Gao, no norte do Mali, pelo Grupo de Apoio ao Islão e aos Muçulmanos (GSIM, na sigla em Francês), principal milícia do Sahel, ligada à Al-Qaeda.

Um ano depois, a sua família realizou um vídeo para sensibilizar o público, com a participação de várias jornalistas.

“Estamos em pleno stress desde há um ano, mas mantemos a energia para ajudar Olivier, fazendo barulho e falando de si”, disse a sua irmã, Canèle Bernard, à AFP.