No Paquistão, nunca um primeiro-ministro completou o respetivo mandato e Imran Khan não foi exceção. Quase quatro anos depois de subir ao poder, Imran Khan abandonou, oficialmente, o cargo de primeiro-ministro, depois de conhecidos os resultados da votação da moção de censura na Assembleia Nacional.

A moção votada este sábado foi aprovada com 174 votos a favor, de um total de 342, e aconteceu na sequência de uma crise política que começou quando a oposição acusou o agora primeiro-ministro demissionário de má gestão e de ser manipulado pelas forças armadas do país.

O novo primeiro-ministro deverá ser nomeado e anunciado este domingo e manter-se-á no cargo até à realização das próximas eleições, que acontecem em 2023. Na calha para sucessor de Imran Khan está Shehbaz Sharif, líder da Liga Muçulmana do Paquistão — o partido que fez oposição a Imran Khan.

Presidente do Paquistão dissolve Assembleia Nacional

O partido de Imran Khan não tinha assentos parlamentares suficientes para escapar a uma moção de censura e a oposição decidiu então apresentar uma. No entanto, esta moção não foi a votação porque Qasim Suri, vice-presidente da Assembleia Nacional e aliado de Imran Khan, recusou levar o documento a votos, justificando que a moção era inconstitucional.

Esta recusa aconteceu no domingo passado e Shehbaz Sharif, o nome indicado agora para substituir Imran Khan, referiu que o dia seria “lembrado como um dia sombrio na história constitucional do Paquistão”. O caso foi para o Supremo Tribunal, que ordenou a votação da moção de censura.

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