Pelo menos 13 migrantes morreram no naufrágio, na costa sul da Tunísia, de dois barcos que transportavam mais de 60 pessoas de países subsaarianos, informaram as autoridades locais.

A maioria dos mortos são mulheres e crianças, avançou no sábado a rádio tunisina Mosaique, sendo que 12 pessoas estão ainda desaparecidas.

O porta-voz do Tribunal da cidade portuária de Sfax, Mourad Turki, disse que 13 corpos foram recuperados e 37 migrantes foram resgatados.

“O primeiro barco afundou na noite de 07 para 08 de abril, cerca de uma hora e meia depois de deixar as margens de El Amra [centro], tendo nove corpos sido recuperados e 18 pessoas resgatadas, enquanto duas a três pessoas permanecem desaparecidas”, explicou o porta-voz.

Turki explicou que, do segundo barco, que afundou na sexta-feira, quatro corpos foram recuperados, 19 pessoas resgatadas e outras 10 ainda estão desaparecidas, segundo a agência noticiosa Anadolu.

As autoridades tunisinas dizem que todos os dias detêm centenas de migrantes da Tunísia e de outros países africanos em tentativas de migração, em barcos com poucas condições de segurança, para as costas da União Europeia.

A 17 de março, a Organização Internacional para as Migrações (OIM) disse que, nas duas semanas anteriores, tinham morrido afogadas pelo menos 70 pessoas, quando procuravam atravessar o Mediterrâneo, a partir da costa da Líbia, para chegar à Europa.

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Esses naufrágios elevaram para 215 o número das pessoas mortas ou desaparecidas no Mediterrâneo desde o início de 2022, segundo o ‘Missing Migrants Project’ (Projeto Migrantes Desaparecidos), da OIM, que recenseia as pessoas mortas durante a sua migração para um destino fora do seu país de origem.

Mais de 123 mil migrantes desembarcaram em Itália em 2021, provenientes da Líbia ou Tunísia, depois de cerca de 95 mil em 2020, segundo o Alto-Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR).

Em 2021, foram reportadas mais de duas mil mortes e desaparecimentos no Mediterrâneo, depois de 1.401 em 2020, também segundo o ACNUR.