O novo primeiro-ministro do Paquistão, Shehbaz Sharif, manifestou nesta terça-feira o desejo de fortalecer os laços com a Índia e resolver as diferenças na disputada região de Caxemira.

“O Paquistão quer laços pacíficos e cooperativos com a Índia. A resolução pacífica de disputas pendentes, incluindo as de Jammu e Caxemira, é indispensável”, escreveu no Twitter, em resposta às felicitações do seu homólogo indiano, Narendra Modi, pela sua nomeação como primeiro-ministro, na segunda-feira.

Na sua mensagem, publicada na mesma rede social, Modi tinha sublinhado também a necessidade de estabelecer “paz e estabilidade” para centrar os esforços nos “desafios do desenvolvimento e garantir o bem-estar e a prosperidade” de ambos os países.

Localizada no sopé dos Himalaias, Caxemira é uma das poucas regiões indianas com maioria muçulmana e o Paquistão, que tem travado várias guerras com a Índia sobre esta região dividida, reivindica a sua soberania total desde a sua independência do Império Britânico.

Numa reação à eleição de Shehbaz Sharif como novo primeiro-ministro, após a moção de censura que derrubou Imran Khan, a União Europeia (UE) apelou nesta terça-feira a uma transição de poder pacífica no Paquistão.

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“Esperamos que a transição no poder ocorra pacificamente e seguindo a ordem constitucional”, disse a porta-voz do Serviço Europeu de Ação Externa, Nabila Massrali, manifestando a disponibilidade da UE para continuar a trabalhar com o novo governo.

Massrali recusou-se a comentar as alegações do ex-primeiro-ministro paquistanês sobre uma alegada conspiração estrangeira, liderada pelos Estados Unidos e a oposição, para o derrubar.

Kahn perdeu uma moção de censura no sábado e o parlamento paquistanês elegeu na segunda-feira Sharif, o candidato consensual da oposição, por 174 votos, o suficiente para ganhar a maioria numa câmara de 342 lugares.