A Câmara Municipal de Vouzela inaugurou, esta segunda-feira, a ampliação da Zona Industrial de Campia, em cerca de 20 hectares, e, considerando a procura, a autarquia já está a trabalhar num novo alargamento, anunciou o presidente do município.

“Esta ampliação hoje [segunda-feira] inaugurada tem cerca de 20 hectares e já tem quatro empresas a laborar e, em breve, contamos que esteja toda ocupada com a instalação de mais cinco ou seis empresas”, afirmou Rui Ladeira.

No dia em que inaugurou a ampliação da Zona Industrial de Campia, o presidente da Câmara de Vouzela, no distrito de Viseu, disse que foram investidos mais de 1,8 milhões de euros em infraestruturas básicas, comunicações e aquisição de terrenos para esta concretização”.

“Um trabalho árduo de toda a equipa camarária, que chegou a ter pessoas a ir a Lisboa, só para ter assinaturas de documentos, de forma a cumprirmos com a nossa palavra e termos as condições para acolhermos os empresários”, contou.

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Nesta nova área foi, esta segunda-feira, inaugurada a Refal que tinha iniciado a produção em 2021, e, com esta, o espaço “contabiliza agora quatro empresas, que se traduzem um investimento total superior a 17 milhões de euros e mais de 100 postos de trabalho criados”.

“Em breve queremos duplicar estes números e, por isso, peço já ajuda para uma segunda ampliação, em direção a Rebordinho, tendo em conta o interesse por parte de empresários em lotes de terreno em Campia, no nosso concelho de Vouzela”, salientou.

Rui Ladeira disse que, das três zonas industriais do concelho, “há duas que são as mais urgentes para ampliar, a de Campia e a de Vouzela” e, para isso, conta com financiamentos do novo quadro comunitário de apoio, o Portugal 2030 (PT2030).

“A de Vouzela ainda estamos à espera de ter oportunidade neste quadro, no PT2020”, se não for possível, “candidatamos ao próximo. Estamos a falar de um investimento total de cerca de dois milhões de euros, um milhão para cada uma das ampliações”, destacou.

O autarca reconheceu que “gostava de ter as duas ampliações prontas, com todas as infraestruturas, em dois anos, porque seria sinal de que a autarquia estaria a dar resposta, em competitividade e atratividade a este interesse empresarial” no concelho de Vouzela.

Rui Ladeira assumiu que “a Câmara não está à espera que os empresários batam à porta” da autarquia para manifestarem interesse em investir e, por isso, “este executivo tem de continuar a procurar novos investimentos”.

“Mas também temos procura, e isso é fruto da posição do município nos últimos anos, que tem como pilar estruturante o desenvolvimento económico e os empresários perceberam que, em Vouzela, há um ecossistema favorável”, justificou.

Um ecossistema que Rui Ladeira considerou que passa pela “proximidade, criação de condições e apoio para sentirem conforto para fazerem os vários caminhos que passam pela solução de espaço e pelas ligações, assim como por todo o apoio por parte da Câmara”.

“Isto aumenta a nossa responsabilidade, mas também só assim conseguimos criar riqueza local, que se traduz em riqueza regional e também nacional. Temos empresas únicas e não só em Portugal, como na Europa e isso também é motivo de orgulho”, defendeu.

A presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Centro, Isabel Damasceno, que presidiu à sessão de inauguração, não poupou elogios ao autarca e disse que “para presidentes destes tem de haver sempre muita disponibilidade”.

“Nós estamos cá para apoiar os grandes fazedores que são os presidentes das câmaras e o de Vouzela é um exemplo de quem faz para criar emprego e riqueza, não só no seu concelho, como na região, porque isto não se limita a um espaço, estamos a falar de criação de riqueza nacional”, defendeu.

Neste sentido, alertou para o novo quadro comunitário de apoio — Portugal 2030 (PT2030) — e para a “possibilidade de conseguir fundos europeus para o desenvolvimento que já não passa só pelas infraestruturas básicas, mas sim pela criação de riqueza”.

“Pode haver necessidade, ainda, de apoiar alguma infraestrutura básica, mas agora os apoios são mais direcionados ao crescimento e desenvolvimento económico e nós estamos aqui para ajudar neste desígnio que as autarquias têm de terem capacidade de resposta para os investidores”, salientou Isabel Damasceno.