O artista português Jorge Queiroz foi nesta terça-feira escolhido como vencedor da primeira edição do Sovereign Portuguese Art Prize, por um júri que inclui os artistas Ai Weiwei e Joana Vasconcelos, e que distinguiram a sua obra “Duende”.

Jorge Queiroz, nascido em 1966, mestre em Belas Artes pela School of Visual Arts, nos Estados Unidos da América, é o primeiro vencedor do Sovereign Portuguese Art Prize, “que se tornará um evento anual”, avança a organização em comunicado.

“A sua obra ‘Duende’ invoca um forte sentido de polaridade, existente no espaço entre o sentido e o absurdo, o lógica e o ilógico, o consciente e o inconsciente, cheio e vazio, abstrato e figurativo, narrativo e fragmento”, lê-se na descrição da pintura.

O vencedor foi escolhido por um júri que inclui artistas como Ai Weiwei e Joana Vasconcelos, e profissionais da arte contemporânea como o diretor fundador do Museu de Arte Contemporânea de Serralves, Vicente Todolí, o atual diretor do Museu de Serralves, Philippe Vergne, o curador e ex-diretor fundador do Mori Art Museum, em Tóquio, David Elliott, o diretor executivo do Design Museum, em Londres, Tim Marlow, e ainda a diretora da Phillips em Portugal e Espanha, Maura Marvão.

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As 30 obras finalistas foram selecionadas de entre um total de 214 obras de artistas indicados por “um conselho de 19 profissionais independentes da área das artes, composto por curadores, colecionadores e académicos”.

Este prémio é promovido pela Sovereign Art Foundation (SAF), “uma instituição de caridade fundada em 2003 para reconhecer, apoiar e promover o talento da arte contemporânea e levar os benefícios terapêuticos da arte a crianças carenciadas”, explica a organização.

As 30 obras de arte selecionadas para o Sovereign Art Prize 2022, bem como outras 30 que concorrem ao Prémio SAF Students Portugal 2022, podem ser vistas gratuitamente de quarta-feira a 30 de abril, no Palácio das Artes, no Porto, sede da Fundação Juventude.

Depois disso, as peças serão transferidas para a Sociedade Nacional de Belas-Artes, em Lisboa, onde serão exibidas, de 27 de maio a 18 de junho, seguindo para o Museu Berardo Estremoz, no distrito de Évora, de 22 de junho a 15 de agosto.

A intenção é que também sejam apresentadas no Algarve, num local e data ainda por definir.

Para além do prémio atribuído pelo júri, há um Prémio do Voto do Público, que será divulgado em agosto, e que atribui dois mil euros ao artista mais votado.

Todas as obras finalistas, com exceção da vencedora, estão à venda “online”, por preços que variam entre os 1.700 e os 24 mil euros.

Metade das receitas das vendas são para os artistas, enquanto a outra metade será utilizada para financiar programas de artes identificados pela Associação SAF, que apoiem crianças desfavorecidas em Portugal.

Acontece, paralelamente, o Prémio Estudantes SAF Portugal 2022, cujo vencedor será anunciado em 26 de maio, em Lisboa.

As obras dos jovens artistas também estão à venda através de ‘leilão silencioso’.

Para o Sovereign Portuguese Art Prize, foram selecionados 30 finalistas: Inês Botelho, José Loureiro, Cecília Costa, Luísa Mota, Avelino Sá, Yuri Firmeza, Vasco Mourão, Paulo Arraiano, Teresa Esgaio, Jorge Queiroz, Ana Mendes, Rui Pedro Jorge, Horácio Frutuoso, Salomé Lamas, Manuela Pimentel, Manuel Caeiro, Edgar Martins, Nuno Sousa Vieira, Rui Moreira, João Jacinto, António Júlio Duarte, Saskia Moro, Isaque Pinheiro, Pedro Batista, André Príncipe, Miguel Branco, Maria Almeida Cunha Alegre, Pedro Vaz, Maria Trabulo e Vasco Araújo.