O Presidente francês, Emmanuel Macron, visitou esta sexta-feira os trabalhos de reconstrução da catedral de Notre-Dame, em Paris, classificando a recuperação do emblemático monumento, destruído em 2019 por um incêndio, como “um testemunho de esperança”.

“Neste período de saída da [pandemia] covid-19 e de guerra na Europa, é também um testemunho de esperança, tem muito sentido”, declarou o chefe de Estado francês, que se encontra em campanha eleitoral para a sua reeleição.

No próximo dia 24 de abril, Macron irá enfrentar na segunda volta das presidenciais francesas a candidata de extrema-direita Marine Le Pen.

Acompanhado da mulher, Brigitte Macron, e do general Jean-Louis Georgelin, na visita às obras da catedral de Notre-Dame, o Presidente francês agradeceu aos trabalhadores que passam “dias e noites” a reconstruir o emblemático monumento.

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Esta sexta-feira assinala-se o terceiro aniversário do incêndio que devastou em 2019 a emblemática catedral de Notre-Dame, classificada como um símbolo de Paris e “uma joia única do património mundial”.

A 15 de abril de 2019, as chamas destruíram uma parte significativa do edifício gótico, incluindo o telhado e o emblemático pináculo da torre central da catedral, que ruiu às primeiras horas do incêndio, sob o olhar incrédulo de milhões de pessoas que testemunhavam o acidente, no local ou através dos ‘media’ nacionais e internacionais.

Três anos depois, o edifício está a recuperar parte da sua magnificência original, graças ao trabalho diário de um exército de artesãos que tenta cumprir o prazo estabelecido para a reabertura, prevista para 2024.

O incêndio, que durou cerca de 15 horas a ser extinto e que terá tido origem acidental (um curto-circuito continua a ser a causa privilegiada) suscitou uma onda de generosidade sem precedentes, com quase 844 milhões de euros em doações arrecadadas até ao momento de 340.000 doadores de 150 países, segundo o organismo público responsável pelo projeto de restauração.

“É Sexta-feira Santa, e por um acaso esta data também coincide, e é raro, com a Páscoa para os nossos compatriotas judeus e com o Ramadão para os nossos compatriotas muçulmanos”, afirmou Macron, ressalvando, no entanto, que é o Presidente de uma República laica.

Ainda durante a visita, Macron considerou que as obras em Notre-Dame estão a avançar de forma “extraordinária” e reafirmou que se mantém o objetivo de reabrir a catedral para cultos e visitas em 2024, cinco anos após o incêndio, embora alguns trabalhos possam continuar após essa data.