O Presidente da República voltou esta sexta-feira a São Jorge, nos Açores, numa altura em que a ilha vive uma crise sismo-vulcânica. À chegada falou sobre a proposta de Orçamento do Estado entregue esta semana pelo Governo e admitiu que crise provocada pela guerra na Ucrânia “implica alguns sacrifícios”.
Quando questionado sobre se este é um OE de austeridade, Marcelo não disse que não, apenas disse que “a guerra tem efeitos próprios” e “enquanto durar isso implica alguns sacrifícios. A ideia é compensar esses sacrifícios”, disse ainda sobre as medidas que já avançaram e que serão avaliadas periodicamente, sublinhou.
Também reafirma que se trata de uma proposta “para um horizonte de quatro anos e meio” mas que as medidas urgentes já estão a avançar, recordando que já promulgou o pacote legislativo apresentado pelo Executivo logo a seguir ao debate do Programa do Governo. Só está a aguardar por aquelas que necessitam de aprovação parlamentar, o que deverá acontecer na próxima semana.
Regresso a São Jorge para dizer que “há confiança”
O Presidente da República voltou esta sexta-feira a São Jorge, nos Açores, numa altura em a crise sismo-vulcânica tem pressionado a economia, com fortes efeitos na atividade turística. Marcelo garante haver “razão para falar em normalidade”. “Há razões para haver confiança”, afirmou o Presidente ao chegar a São Jorge.
“Este é um período onde a chamada de atenção para o turismo é fundamental”, disse Marcelo sobre esta sua visita em que foi acompanhado pelo novo ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, e também pelo presidente do Governo Regional dos Açores, José Manuel Bolieiro.
“Agora há mais razões de confiança do que havia há umas semanas”, afirmou ainda Marcelo baseando-se na “ddiminuição progressiva da intensidade” dos sismos “e até na noticia confirmada pelos especialistas que havia uma componente vulcânica que faz a diferença, porque permite uma previsibilidade que o sismo puro não permite da mesma maneira”.
O Presidente já tinha estado na ilha há três semanas, no auge da crise, com o objetivo de passar uma mensagem de “tranquilidade”. Na altura, Marceloa firmou não haver “razões para alarmismo”. Agora, afirma que “olhando para trás, há razões para existir confiança”, quando “na altura havia dúvidas”.
“Não há razões para alarmismo não justificado”, diz Presidente da República de visita a São Jorge
O sismo mais forte foi sentido já depois da primeira visita presidencial à ilha, tendo acontecido a 29 de março, tendo registado 3,8 na escala de Richter. Entre quarta e quinta-feira, a ilha não registou qualquer sismo sentido pela população, de acordo com o Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA).