Confrontos entre manifestantes palestinianos e polícias israelitas esta manhã na Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém, o primeiro desde o início do Ramadão, provocaram cerca de 100 feridos, segundo as equipas de socorro.

“Noventa feridos foram transferidos” para hospitais em Jerusalém e “dezenas” foram tratados no local, disse à Agência France-Presse (AFP) um funcionário do serviço de emergência do Crescente Vermelho palestiniano, enquanto fonte da polícia israelita relatou pelo menos três feridos.

O primeiro relatório citado pela AFP dava conta de 59 feridos nos confrontos matinais na Cidade Velha de Jerusalém Oriental, um setor palestiniano ocupado desde 1967 por Israel, número revisto em alta em menos de duas horas.

Segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita, ao início do dia, dezenas de homens encapuzados, com bandeiras palestinianas e do movimento de resistência islâmica Hamas, no poder na Faixa de Gaza, entraram na esplanada com pedras e “a polícia foi forçada a entrar no local para dispersar a multidão e remover as pedras”.

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Na Esplanada situa-se a mesquita de Al-Aqsa, construída numa colina, que é um dos locais mais sagrados dos judeus, o Monte do Templo, esperando as autoridades dezenas de milhares de palestinianos em Al-Aqsa para as orações muçulmanos de hoje.

A Jordânia administra a Esplanada das Mesquitas, onde se encontram a Mesquita de Al-Aqsa e a Cúpula do Rochedo, mas o acesso ao local, mesmo junto ao Muro das Lamentações, é controlado por Israel.

A violência em Jerusalém surgiu na sequência de uma série de ataques em Israel e de operações israelitas na Cisjordânia, outro território ocupado desde 1967 pelo Estado judaico.

Desde 22 de março, Israel foi alvo de quatro ataques, os dois primeiros por árabes israelitas ligados ao grupo extremista Estado Islâmico e os dois últimos por palestinianos da região de Jenin, na Cisjordânia, tendo morrido pelo menos 14 pessoas nesses ataques.