A Iniciativa Liberal (IL) volta este ano a comemorar o 25 de Abril com um desfile próprio, que inclui a descida da Avenida da Liberdade, em Lisboa, considerando que “a liberdade não tem donos”.

Em 2021, após uma semana de polémica com a comissão promotora do desfile comemorativo do 25 de Abril de 1974 na Avenida da Liberdade e depois de uma recusa inicial de poder integrar este momento, a IL promoveu o seu próprio desfile para comemorar a Revolução dos Cravos.

Este ano, e de acordo com um comunicado enviado à agência Lusa, o partido, liderado por João Cotrim Figueiredo, anuncia que “volta a celebrar o 25 de Abril com desfile próprio”.

“A Iniciativa Liberal sempre considerou que as Celebrações do 25 de Abril não são exclusivas dos partidos de esquerda nem das suas organizações satélite. A Iniciativa Liberal comemora o 25 de Abril desde a sua fundação, a data que iniciou o processo de transição para uma democracia em Portugal e que se concluiu a 25 de Novembro 1975″, refere.

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Os liberais recordam que, o ano passado, “perante a tentativa de impedir a Iniciativa Liberal de participar nas comemorações, o partido organizou um desfile próprio que levou à Avenida da Liberdade mais de 500 liberais“.

O dia em que a Iniciativa Liberal desceu a Avenida sozinha. “Não íamos assinar uns papeluchos que parecem um editorial do Avante!”

“Até à data uma das maiores presenças da Iniciativa Liberal na rua, o que deixou sem argumentos e totalmente rendidos perante a nossa determinação todos os que, no dia da Liberdade, nos quiseram fora das comemorações”, considera.

A IL reitera ainda que a “liberdade não tem donos” e que “a rua não tem donos”.

“Perante uma guerra na Europa, em que a Ucrânia foi vítima de um ataque cobarde e criminoso por uma Rússia imperialista, os que se acham donos da Liberdade deixaram, ainda mais evidente, que não gostam da democracia liberal, não gostam do nosso modo de vida em Liberdade, não gostam da abertura de fronteiras, da tolerância, da Liberdade de expressão, da Liberdade política, da Liberdade económica, da Liberdade de cada um prosseguir o seu projeto de vida, de ter direito às suas escolhas e ao que é seu”, defende.