Entre a Covid-19, a falta de chips e fornecedores com cada vez mais dificuldades em respeitar os compromissos com os fabricantes, não é fácil ser um construtor de automóveis nos dias que correm. E esta é uma realidade transversal, envolvendo marcas de todas as origens, com ênfase para as europeias e norte-americanas.

No caso da Tesla, uma boa gestão dos fornecedores, bem como uma produção menos dependente de empresas externas, têm permitido à marca norte-americana de veículos eléctricos ser menos afectada do que muitos concorrentes. Mas nem mesmo a magia para os negócios de Elon Musk pode impedir que a Gigafactory Xangai esteja fechada, devido ao surto de Covid-19 que alastra na região. Depois de várias semanas sem produzir, espera-se que as linhas de produção da Tesla, bem como as da VW, possam voltar ao activo antes do final do mês.

Se isto representa um grave revés para o fabricante de eléctricos, nem tudo são más notícias. Paralelamente, a Gigafactory Berlim – que arrancou mais tarde do que o previsto – entrou já num processo de aceleração do ritmo de produção. Ainda a fabricar apenas 350 unidades por semana, exclusivamente Model Y, irá aumentar a velocidade da linha para as 1000/semana, antes do final de Abril. E vai continuar a ganhar ritmo, de forma a passar dos actuais 52.000 veículos/ano para os 250.000 que terá de atingir numa primeira fase, quando a produção do Model 3 se juntar ao actual Model Y.

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