O Presidente são-tomense, Carlos Vila Nova, inicia quinta-feira uma visita oficial a Guiné Equatorial a convite do seu homólogo Teodoro Obiang, para reforçar a cooperação bilateral no setor da educação e transporte e definir novas áreas de parcerias.

Antes de deixar São Tomé, na quarta-feira, Carlos Vila Nova disse que a visita de três dias “visa sobretudo passar em revista a situação da cooperação, a amizade que une os dois países e povos”, e assegurou que tem “o compromisso de tudo fazer para fortalecer essas relações”.

Sabemos que além de vizinhos, partilhamos uma fronteira marítima comum, nós temos também áreas de cooperação que são muito importantes para os dois países, algumas delas já são tradicionais, como a educação”, precisou Carlos Vila Nova.

No domínio da educação, o chefe de Estado realçou que “São Tomé e Príncipe tem estudantes a frequentar o ensino superior na Guiné Equatorial” e revelou que “há um projeto em carteira para que dignitários e entidades da Guiné Equatorial frequentar o curso de aprendizagem de língua portuguesa em São Tomé e Príncipe”.

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“Também todos sabemos que em matéria de transportes já tem havido, quer no setor aéreo, quer no setor marítimo, atividade e ligações entre os dois países”, acrescentou Carlos Vila Nova, perspetivando que “a saúde poderá ser uma das novas áreas” a incluir na cooperação entre os dois países.

O chefe de Estado regressa a São Tomé na sexta-feira.

Esta é a segunda visita oficial de Estado que Carlos Vila Nova efetua ao estrangeiro desde que foi empossado Presidente da República, em 2 de outubro do ano passado.

Carlos Vila Nova realizou a sua primeira visita oficial a Portugal nos dias 5 e 6 de abril para o reforço da cooperação.

No final da visita, o chefe de Estado são-tomense disse à Lusa, em Lisboa, que Portugal e São Tomé e Príncipe vão reforçar a cooperação em áreas como a saúde, a defesa e a nível da mobilidade de cidadãos.

O Presidente são-tomense disse também que quer ouvir os restantes Estados da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) para evitar “uma disputa desnecessária” sobre a futura presidência de São Tomé e Príncipe da organização, a partir de 2023 que conta com o apoio expresso pelo Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, durante a visita de Estado de Carlos Vila Nova a Portugal.

Criada em 1996, a CPLP tem atualmente nove Estados-membros: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e Guiné Equatorial — cuja adesão, em 2014, criou polémica.