Entre 12 e 18 de abril — ou seja, entre terça-feira da última semana e segunda-feira de esta semana —, as autoridades de saúde em Portugal identificaram 60.083 infeções pelo vírus SARS-CoV-2, causador da doença Covid-19. Registaram-se ainda 139 mortes ao longo desses sete dias. Os dados foram divulgados esta sexta-feira pela Direção-Geral da Saúde, em mais um boletim semanal referente à evolução da epidemia no país.

Face aos anteriores sete dias analisados, o número de casos subiu marginalmente em Portugal: mais 706 (em média, qualquer coisa como mais 100 casos por dia). Distribuídas as 60.083 infeções confirmadas equitativamente por cada um dos sete dias em análise, Portugal teve uma média de 8.583 casos diários. Já nos óbitos houve uma diminuição (menos nove em sete dias) e a média diária de pessoas que morreram com infeção confirmada foi de 20.

O R(t), que representa o número de pessoas que cada infetado contagia em média, é de 1,00. Há variações a registar nos internamentos: se face à segunda-feira anterior eram mais os doentes infetados pelo coronavírus internados em hospitais esta semana, o número de doentes em unidades de cuidados intensivos diminuiu.

Ao final do dia 18 de abril estavam internadas 1.207 pessoas com infeção confirmada, mais 35 do que sete dias antes, mas destas 1.207 apenas 46 — menos 16 do que uma semana antes — estavam em UCI, unidades dedicadas ao tratamento dos casos mais graves de desenvolvimento de doença.

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Impacto na mortalidade geral “é reduzido”, dizem peritos

Foi também divulgado esta sexta-feira o relatório semanal de “Monitorização da Situação Epidemiológica da Covid-19” do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge. Aí, os peritos de saúdem notam que a epidemia “mantém transmissibilidade muito elevada, com tendência estável”. Ainda assim, vincam:

O sistema de saúde apresenta capacidade de acomodar um aumento de procura por doentes com Covid–19. O impacto na mortalidade geral é reduzido, não obstante a mortalidade específica de COVID-19 se encontrar acima do valor de referência definido pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) e com tendência estável.”

Os peritos do INSA recomendam ainda que se mantenha “a vigilância da situação epidemiológica da Covid-19” e defendem “a manutenção das medidas de proteção individual nos grupos de maior risco e a vacinação de reforço”.

Em termos de regiões, os especialistas informam que “a região Norte apresentou uma tendência crescente” no número de novos casos, a região Centro “apresentou uma tendência estável” e nas restantes regiões do país — Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo, Algarve, Açores e Madeira — a tendência de contágios é “decrescente”.

Relativamente aos internamentos, o número de pessoas com Covid-19 internadas em unidades de cuidados intensivos de hospitais de Portugal continental “revelou uma tendência decrescente, correspondendo a 18% do valor crítico definido de 255 camas ocupadas”.

É ainda esclarecido que “a linhagem BA.2 da variante Omicron apresenta uma frequência relativa estimada de 94,4% à data de 18 de abril de 2022″.

Internamentos por Covid aumentam. DGS alerta que transmissibilidade continua “muito elevada”