O Observador viajou a convite da Philip Morris International
As expectativas foram aumentando à medida que o fim de semana avançou. Miguel Oliveira foi o mais rápido nos tempos combinados das três sessões de treinos livres, voltou a ser o melhor na quarta ida à pista e entrou na Q2, para onde se tinha apurado diretamente, com a ideia clara de que podia lutar por uma pole-position que o deixava bem posicionado para ganhar o Grande Prémio de Portugal. No fim dos 15 minutos de qualificação, porém, o piloto português não foi além do 11.º lugar.
“Claro que estou desapontado. Não tive muita ajuda, devido a um pequeno contratempo técnico que tive. Mas não é o fim de nada. Queremos vir sempre competir em Portimão para ganhar, não é para ficar fora do top 5. Há que trabalhar nesse sentido amanhã [domingo]. Mas só depois do aquecimento é que teremos uma ideia mais clara e concreta de como será a corrida”, explicou Miguel Oliveira, que este domingo também não deverá contar com o piso molhado que normalmente o favorece.
Ao olhar para a Q2, onde Johann Zarco acabou por conquistar a pole-position, foi possível perceber que o piloto da KTM demorou algum tempo a escolher uma estratégia e a atacar uma volta rápida com a intenção de conquistar uma das primeiras posições. Mais tarde, em declarações aos jornalistas, o português confirmou esse cenário e detalhou o problema que a mota teve.
“Para mim, demorou duas a três voltas para compreender verdadeiramente onde não ultrapassar e quando é que era possível atacar. Nestas condições, se fores dois segundos mais rápido do que os outros, estás lá. Mas penso que comecei um pouco mais lento. O problema técnico que tivemos quebrou um pouco o ritmo em duas das voltas e tive de o contornar. A última volta também foi cancelada devido às bandeiras amarelas… Esse tempo era um pouco melhor mas também era só uma posição”, atirou Miguel Oliveira, que também recordou que a gestão de pneus será um fator a ter em conta este domingo.
“Por exemplo, se usarmos os pneus de chuva, seguramente que vamos precisar de gerir, arrefecer e atacar outra vez. Mas com os slick [macios] já não é tão importante ter essa aderência extra, não ia fazer diferença com estas condições”, afirmou o piloto português. Assim, a sair no 11.º lugar, Miguel Oliveira terá de carimbar um arranque muito positivo para subir desde logo algumas posições nas primeiras voltas e almejar um resultado mais próximo daquilo que mostrou nos treinos livres. À entrada para o quinto Grande Prémio da época, o português no 9.º lugar do Mundial depois de ter vencido em Mandalika mas ter abandonado no Qatar e ficado fora do top 10 na Argentina e nos Estados Unidos.