A UGT perdeu 43 mil sindicalizados nos últimos nove anos. De acordo com o relatório que o Público divulga este sábado, e que será revelado no XIV Congresso da UGT, este fim de semana, há 435 mil trabalhadores filiados na UGT, o que revela uma quebra significativa e contrária à que Carlos Silva ambicionou em 2013, quando foi eleito.

Nessa altura, o líder da UGT estipulou como objetivo ultrapassar a CGTP em número de sindicalizados. O resultado ficou aquém e, aliás, a CGTP até conseguiu aumentar o número de sindicalizados, ao registar um aumento de pessoas entre 2016 e 2020, totalizando 556.363.

Carlos Silva, secretário-geral da UGT que deixa o cargo neste congresso, admitiu que os números de sindicalizados e a sua redução causam algum “desconforto”, mas compara a situação com o movimento sindical europeu. “Isso não serve de desculpa, mas serve de atenuante”, referiu, justificando com a intervenção da troika, a crise da negociação coletiva, as medidas pós-troika implementadas pelo Governo anterior e a pandemia, que diz terem servido para “um caldo explosivo”.

E vai mais longe ao recordar que, só no mandato que agora termina, o “setor financeiro perdeu mais de 15 mil trabalhadores”.

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