Há 36 anos, na madrugada de 26 de abril de 1986, um dos reatores da Central Nuclear de Chernobyl explodiu, naquele que é o maior acidente nuclear da História.

Em consequência da explosão, causada por uma grande pressão de vapor de água — utilizada, em condições normais, para arrefecer o reator — dois funcionários tiveram morte imediata. Durante cerca de 10 dias, enormes quantidades de radiação foram libertas para o ar na região próxima do reator.

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As referidas radiações mataram 28 pessoas até ao fim de julho de 1986, seis das vítimas bombeiros destacados para controlar o incêndio na central provocado pela explosão, conta a Associação Nuclear Mundial. Estas pessoas morreram por Síndrome Aguda de Radiação, que causa sintomas como dor de cabeça, queimaduras graves, febre, problemas gastrointestinais e, em última caso, falência dos órgãos.

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Cerca de 200 mil pessoas, designadas de “liquidadores”, vindas de toda a União Soviética, desenvolveram trabalhos de limpeza da radiação em Chernobyl entre 1986 e 1987. Mais tarde, o número de “liquidadores” subiu para 600 mil.

A 27 de abril, um dia depois do acidente, os cerca de 45 mil residentes da cidade de Pripyat, a 3 quilómetros da central nuclear, foram evacuados. No dia 14 de maio, cerca de 116 mil pessoas tinham sido evacuadas de uma área que abrangia um raio de 30 quilómetros em redor do desastre nuclear.

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Nos anos que se seguiram ao desastre nuclear, aproximadamente 220 mil pessoas foram realojadas em áreas menos contaminadas.

Veja na fotogaleria acima algumas das imagens relativas ao desastre nuclear da Central de Chernobyl.